Elos Clube de Tavira

Maio 26 2010

 

 http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.sbastro.com/FeNIX/images/Passages07/DiliEastTimor.jpg&imgrefurl=http://www.sbastro.com/FeNIX/passages07.htm&usg=__vlO5S_15qvvdIyqM9mZ1YHTs7ak=&h=300&w=400&sz=14&hl=pt-PT&start=58&um=1&itbs=1&tbnid=5ar3xKe74dFVBM:&tbnh=93&tbnw=124&prev=/images%3Fq%3Ddili%26start%3D40%26um%3D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN%26ndsp%3D20%26tbs%3Disch:1

 

 

Caros amigos,

 

Alguns sabem e outros nem por isso (e assim aqui vai a notícia) mas estou em Timor a dar aulas na UNTL (Universidade Nacional de Timor Leste) no âmbito de uma colaboração com a ESE do Porto.

 

Aquilo que vos venho pedir é o seguinte: livros. Não vou dar a grande conversa que é para montar uma biblioteca ou seja o que for, porque não é. O que se passa é o seguinte... não sei muito bem como funcionam as instituições, nem fui mandatada para angariar seja o que for, mas o que é certo é que sou (somos!) muitas vezes abordados na rua por pessoas que desejariam aprender português mas não possuem um livro sequer e vão pedindo, o que é muito bom.

 

O que é certo é que a minha biblioteca pessoal não suportaria tanta pressão e nem eu, nos míseros 50 quilos a que tive direito na viagem, pude trazer grande coisa para além dos livros de trabalho de que necessito.

 

COMO MANDAR?

 

Basta dirigirem-se aos correios (CTT) e mandarem uma encomenda tarifa económica para Timor (insistam porque nem todos os funcionários conhecem este tarifário!) e mandam a coisa por 2,49 €. Claro que a encomenda não pode exceder os 2 quilos para poder ser enviada por este preço.

 

Devem enviar as encomendas em meu nome (Joana Alves dos Santos) para:

 

Embaixada de Portugal em Díli

Av. Presidente Nicolau Lobato Edifício ACAIT

Díli - TIMOR LESTE

 

E O QUE MANDAR?

 

Mandem por favor livros de ficção, romances, novela, ensaio, livros infantis etc, etc. Evitem gramáticas e manuais escolares. Dicionários, mesmo que um pouquinho desactualizados são bem vindos. Este critério é meu e explico porquê. Alguns timorenses (estudantes e não só) são um bocado fixados em aprender gramática mas ainda não têm os skills básicos de comunicação. Parece-me melhor ideia que possam ler outras coisas, deixar-se apaixonar um bocadinho pelas histórias mesmo que não entendam as palavras todas, do que andarem feitos tolinhos a marrar manuais e gramáticas. O caso dos dicionários é outro. Um aluno, por exemplo, usa um dicionário português-inglês para tentar adivinhar o significado das palavras. Como o inglês dele tb não é grande charuto imaginam como é a coisa.

 

Bom, espero ter vendido bem o peixe do povo timorense. Falam pouco e mal mas na sua grande maioria manifesta simpatia pela língua portuguesa. De qualquer forma isto não vai lá (muito sinceramente) com umas largas dezenas de professores portugueses por cá. É preciso ter a língua a circular em vários meios e suportes. Espero que respondam ao meu apelo!! Eu por cá andarei sempre com um livrito na carteira para alguém que peça!

 

SE NÃO MANDAREM PELO MENOS DIVULGUEM

 

Joana Alves dos Santos

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 14:25
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Maio 18 2010

 

https://1.bp.blogspot.com/_O2wRzDfSJRI/SxQfENSmfvI/AAAAAAAACgM/yjtOjhg6gMI/s1600/Timor_Photo_2.jpg

 

 

 

A Relação Portugal-Timor

 

 

Em 1520, os Portugueses atracaram em Timor, em busca da madeira de sândalo. Aí permaneceram por mais de 400 anos, dividindo a ilha com os holandeses. Os séculos de regulamentação portuguesa foram séculos durante os quais os recursos de Timor-Leste – sândalo e, mais tarde, café – eram canalizados para o desenvolvimento de Portugal, tanto quanto da própria ilha. Todavia, apesar de Timor-Leste parecer subdesenvolvido aos olhos ocidentais, possuía uma economia de base comunitária extremamente desenvolvida, a qual respondia às necessidades de todos na sociedade. Sob o domínio português, a organização da aldeia permaneceu imperturbável...

 

Os primeiros portugueses a instalarem-se definitivamente eram missionários que vinham de longe com o intuito de espalhar a fé cristã. E apesar de os timorenses acreditarem num único deus, Marômac, e de terem resistido à influência de outras religiões, nomeadamente a hinduísta e a muçulmana, muitos converteram-se ao cristianismo e baptizaram-se.

 

Em 1640 havia já vinte e duas igrejas cristãs em Timor e a presença constante dos missionários levou à instalação de outros portugueses, sobretudo comerciantes, que acabavam por constituir família com as mulheres indígenas.

 

No final do século XVI, os holandeses iniciam a disputa pelos arquipélagos da Insulíndia, disputando o comércio do Oriente aos portugueses. E após todo um cenário de guerra e paz, a ilha de Timor acabaria por ficar subjugada a duas esferas de influência mercantil: a holandesa, a oeste, e a portuguesa, a leste.

 

Apenas no século XVIII chegam governadores em nome do rei português, os quais estabelecem relações amistosas e favoráveis com a população, envolvendo chefes timorenses na estrutura governamental e ficando, assim, a metade Este da ilha a fazer parte das colónias portuguesas, juntamente com o enclave de Oe-Cusse e o ilhéu de Ataúro. Laços de parentesco floriram; plantas, animais e culturas viajaram a bordo de embarcações portuguesas e timorenses. Ao longo dos séculos efectuaram-se trocas de tudo um pouco.

 

Portugal aguentou Timor-Leste até 1974. Em apenas alguns meses, três grandes partidos eclodiram em Timor-Leste, cada qual com diferentes plataformas. A UDT (União Democrática Timorense) manifestou o desejo de continuar filiada em Portugal; a FRETILIN (Frente Revolucionária para um Timor Leste Independente), advogando o socialismo e reformas democráticas; a APODETI, contendo algumas centenas de membros que queriam a integração na Indonésia.

 

A FRETILIN é actualmente o Partido maioritário.

 

Autor desconhecido – recebido por e-mail

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 12:32
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