Elos Clube de Tavira

Fevereiro 14 2011

 GHLyauteyHubert

“Em todas as partes do mundo por onde andei, ao ver uma ponte perguntei quem a tinha feito, respondiam «os portugueses»; ao ver uma estrada fazia a mesma perguntava e respondiam: «portugueses»; ao ver uma igreja ou uma fortaleza, sempre a mesma resposta, «portugueses, portugueses, portugueses». Desejava pois, que da acção francesa em Marrocos daqui a séculos seja possível dizer o mesmo” Marechal Lyautey

 

Louis Hubert Gonzalve Lyautey (17 de Novembro de 1854, Nancy - 27 de Julho de 1934, Thorey): militar francês com serviço prestado durante as guerras coloniais; Residente Geral no Protectorado francês de Marrocos em 1912, Ministro da Guerra durante a Primeira Guerra Mundial e em 1921 Marechal de França; Membro da Academia Francesa e presidente honorário dos Escuteiros de França.

 

BIBLIOGRAFIA:

 

Wikipédia

 

In http://lusosucessos.blogspot.com/

In http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 08:37
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Fevereiro 04 2011

  (*) 

Imagem da Sé de Portalegre, oferecida pela família de João de Brito, por ocasião da sua beatificação (1852)

 

Hoje é dia de São João de Brito, mártir em Oriyur, na Índia, por propagar a fé cristã na zona do Madurai (Estado de Tamilnadu), por defender o matrimónio monogâmico (como São João Baptista). Foi decapitado (como São João Baptista), em 4 de Fevereiro de 1693.

 

Já no cárcere, desde o dia 31 de Janeiro, escreveu no dia 3 ao Superior da sua Missão: “A culpa de que me acusam vem de ser que ensino a lei de Nosso Senhor, e de nenhuma maneira hão-de ser adorados os ídolos. Quando a culpa é virtude, o padecer é glória”.

 

Que São João de Brito nos inspire a sua fé, a sua dedicação ao Evangelho e a sua coragem e determinação.

 

Nasceu na Mouraria em Lisboa, junto ao Castelo, numa casa que foi abalada no terramoto de 1755, mas que foi reconstruída. Está-se a tentar que, ao menos parte dela, se constitua numa espécie de “Casa-museu de São João de Brito”, para poder receber visitantes e devotos e espalhar o conhecimento e a devoção a este grande missionário, santo e mártir lisboeta e jesuíta.

 

  João Caniço, SJ

 

(*) http://alvalade.no.sapo.pt/sjoaobrito.htm

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 14:17
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Fevereiro 03 2011

 (*)

 

A 3 de Fevereiro de 1488, Bartolomeu Dias - o «Capitão do Fim» -  desembarcou em Mossel Bay, África do Sul

http://www.google.pt/imgres?imgurl=https://1.bp.blogspot.com/_Z0ga-2BfPfA/Sb1AKYHxM4I/AAAAAAAAAfg/6QrUWSSpcMw/s400/9.descobertas_1488.jpg&imgrefurl=http://caminheiros98faro.blogspot.com/2009/03/httpcvcinstituto-camoespt.html&usg=__hor9wSD9xKXMZ-Hz2wZu6OMXtlg=&h=255&w=298&sz=15&hl=pt-pt&start=25&zoom=1&tbnid=DumCduz-q4LK4M:&tbnh=169&tbnw=197&ei=iWNKTe_SB8eB4QaFlaHrCw&prev=/images%3Fq%3Dbartolomeu%2Bdias%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1007%26bih%3D681%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=203&oei=pGFKTZ-NC8KCswaS482hDw&esq=2&page=2&ndsp=13&ved=1t:429,r:9,s:25&tx=104&ty=80

 

 

(*)http://www.google.pt/imgres?imgurl=https://1.bp.blogspot.com/_Ofc9vJoG0ns/S7xnUkp1NvI/AAAAAAAAA0A/Z_lLBwLlTvs/s320/2.jpg&imgrefurl=http://montalvoeascinciasdonossotempo.blogspot.com/2010/04/bartolomeu-dias-o-capitao-do-fim.html&usg=__DbxTijuDq-UMHwCD7O8_LAD3OXA=&h=283&w=200&sz=14&hl=pt-pt&start=0&zoom=1&tbnid=3F3U_VWANAdoJM:&tbnh=129&tbnw=118&ei=qWJKTdiAMpqG4gaHg8CaDA&prev=/images%3Fq%3Dbartolomeu%2Bdias%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1007%26bih%3D681%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=359&oei=pGFKTZ-NC8KCswaS482hDw&esq=6&page=1&ndsp=25&ved=1t:429,r:21,s:0&tx=63&ty=71

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 08:02
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Dezembro 08 2010

  (*)

 

Entre as várias hipóteses aventadas sobre a naturalidade de Cristóvão Colombo, destaca-se a de Génova, mas falta a documentação comprovante. E a de Barcelona é ainda mais fantasiosa.

 

Se fosse indiscutível a primeira dedução, porque é que ele não sabia falar e muito menos escrever alguns dos dialectos genoveses, já que o idioma que ele usou mais vezes foi o português e, depois, o velho castelhano, pois foi ao serviço dos Reis Católicos que ele consumou as viagens à América - o Rei D. João II de Portugal recusara o projecto, por saber que o caminho marítimo para as Índias era pelo Atlântico Sul e depois através do Índico. E tinha razão conforme o demonstrou Vasco da Gama.

 

Entretanto, retomemos o começo e os portugueses dominavam as rotas atlânticas e se não foram mais cedo à Índia e ao Brasil foi por respeitarem cronologicamente definidas as suas rotas de viagens. E se estas exigiam coragem, o resto tinha sido previamente traçado, porquanto os castelhanos seguiam na babugem lusitana e os outros europeus (da França, Inglaterra, Holanda, Itália e Inglaterra, todos à volta com convulsões independentistas), limitavam-se a espionar em Lisboa (leia-se Jaime Cortesão) os projectos, os mapas e as inconfidências de alguns traidores, porque, como disse Camões, entre os portugueses, traidores houve algumas vezes...

 

Em relação a Colombo (nome talvez suposto), pode admitir-se que ele seria plebeu (como insinuam os genoveses), na falta de comprovação documentada, nem tão pouco o judeu de documentação, nem Lisboa (Fevereiro de 1479) e, como está provado o grande navegador apesar de não ter chegado à Índia casou com D. Filipa Moniz Perestrelo, que foi Donatária da Ilha de Porto Santo, de quem teve o primogénito D. Diogo.

 

Colombo (ou Cólon) teve mais tarde outros dois filhos da espanhola Beatriz Torquemada, mas não chegou a casar-se com ela.

 

Entre mais de uma dezena de livros que pudemos compulsar em Lisboa, nos últimos meses Cristóvão Colom, o Almirante de Nobre Estirpe, de autoria da historiadora Julieta Marques, e Colombo Português de Manuel Rosa, os dois autores juntam-se aos especialistas que defendem a tese de que Cristão Colombo nasceu em Cuba, no Alentejo de Portugal. (Voltaremos ao assunto).

 

 João Alves das Neves

Português residente em São Paulo, agradece novos subsídios a enviar para

E-mail: jneves@fesesp.org.br)

Blog: www.joaoalvesdasneves.blogspot.com

e www.revistalusofonia.wordpress.com

 

(*) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.causamerita.com/cristovao_colombo.jpg&imgrefurl=http://www.causamerita.com/enigmas.htm&usg=__Ax6WytkXZaXGPlm8-zXG17WLthk=&h=429&w=320&sz=33&hl=pt-pt&start=22&zoom=1&tbnid=xgoQ3KSeHtxtlM:&tbnh=153&tbnw=114&prev=/images%3Fq%3Dcristovao%2Bcolombo%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1007%26bih%3D681%26tbs%3Disch:10%2C408&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=355&vpy=242&dur=2589&hovh=260&hovw=194&tx=96&ty=148&ei=9GT7TLuTGdiH4gbu-MCFBw&oei=3mT7TKjoG4uwhQfgu-ShAg&esq=2&page=2&ndsp=13&ved=1t:429,r:1,s:22&biw=1007&bih=681

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 14:44
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Novembro 28 2010

Afonso de Albuquerque - conquista de Goa, 1510 (*)

 

  

Afonso de Albuquerque forma uma poderosa armada, reunindo vinte e três naus e 1200 homens. Relatos contemporâneos afirmam que pretendia combater a frota mameluca egípcia no Mar Vermelho ou regressar a Ormuz. Contudo, informado de que seria mais fácil encontrá-la em Goa, onde se havia refugiado após a Batalha de Diu, dada a doença do sultão Hidalcão e a guerra entre os sultanatos do Decão, investiu de surpresa na captura de Goa ao sultanato de Bijapur. Cumpriu assim outra missão do reino, que não pretendia ser visto como eterno "hóspede" de Cochim e cobiçava Goa por ser o melhor porto comercial da região.

 

A primeira investida a Goa dera-se entre 4 de Março e 20 de Maio de 1510. Numa primeira ocupação, sentindo-se impossibilitado de segurar a cidade dadas as más condições das suas fortificações, Afonso de Albuqerque recusou um vantajoso acordo de paz e abandonou-a em Agosto.

 

Apenas três meses depois, a 25 de Novembro, Albuquerque reapareceu em Goa com uma frota totalmente renovada e, em menos de um dia, tomou a cidade a Ismail Adil Shah e seus aliados otomanos. Estima-se que 6.000 dos 9.000 defensores muçulmanos da cidade morreram, quer na violenta batalha nas ruas ou afogados enquanto tentavam escapar.

 

Apesar de ataques constantes, Goa tornou-se o centro da presença portuguesa, com a conquista a desencadear o respeito dos reinos vizinhos: o sultão de Guzerate e o samorim de Calecute enviaram embaixadas, oferecendo alianças, concessões e locais para fortificar.

 

Albuquerque iniciou nesse ano em Goa a primeira cunhagem de moeda portuguesa fora do reino, aproveitando a oportunidade para anunciar a conquista territorial.

 

António Marques

(anterior Presidente do

Grupo de Amigos de Olivença)

 

(*) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/b/bf/Goa_Braun_Hogenberg.jpg&imgrefurl=http://www.alvarovelho.net/index.php%3Foption%3Dcom_content%26view%3Darticle%26id%3D1424:conquista-de-goa-1510%26catid%3D85%26Itemid%3D25&usg=__nReg2knUra2QabDzgYwi22VWmNY=&h=2330&w=7751&sz=1811&hl=pt-pt&start=0&zoom=1&tbnid=nAsEOTaw7lxB3M:&tbnh=54&tbnw=179&prev=/images%3Fq%3DAfonso%252Bde%252BAlbuquerque%252Bconquista%252BGoa%252B1510%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1007%26bih%3D681%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=51&vpy=112&dur=2995&hovh=123&hovw=410&tx=165&ty=73&ei=-1zyTJK_Ec24hAeC_82jCg&oei=-1zyTJK_Ec24hAeC_82jCg&esq=1&page=1&ndsp=22&ved=1t:429,r:0,s:0

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 13:41
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Novembro 27 2010

 ELMO DE D. SEBASTIÃO

 

É dia 24/11/2010, são 11 horas.

 

Começa um leilão de obras de arte em Londres. Entre elas encontra-se um elmo de D. Sebastião. A grave crise mundial fez muitos venderem objectos herdados que nem sabiam bem o que eram. Os leiloeiros estão tão atarefados, que nem tempo têm de estudar devidamente o que lhes passa pelas mãos. Assim surgiu, no mercado internacional, este elmo rapinado pelo Duque de Alba em Lisboa, em 1580. Espero que passe despercebido! Em tempos já consegui adquirir e trazer de volta a Portugal uma boa parte de uma das armaduras de D. Sebastião. Tinha sido classificada como sendo do Duque Emanuel Filiberto de Sabóia (casado com a Infanta D. Beatriz de Portugal), o que aliás está correcto. Não tinham, porém, visto o quadro no Museu das Janelas Verdes que mostra D. Sebastião utilizando esta armadura que lhe foi oferecida pelo Duque de Sabóia, seu primo, que, com mais 26 anos de idade, já não cabia nela e ofereceu-a a D. Sebastião.

 

Mantive-me calado! Não disse a ninguém que o elmo de D. Sebastião iria a leilão em Londres. Também dizer para quê? As nossas “Entidades Oficiais” não iriam mexer um dedo para o recuperar! Apenas acabaria por alertar os museus estrangeiros e os leiloeiros. Estes sabem muito bem que uma peça de armadura atribuível a um Duque importante vale, pelo menos, 10 vezes mais do que a mesma sem essa atribuição. Quando a peça é indiscutivelmente atribuída a um monarca, o valor é 20 vezes superior. Mas quando se trata de D. Sebastião, a peça tem simplesmente de regressar a Portugal. Haja manhã de nevoeiro ou não. Estando o Desejado nele ou não!

 

Se alguém descobrir, vai ser uma desgraça financeira para mim. Encontro-me praticamente sem vintém. Mas, o elmo tem de voltar! A minha conta bancária está vazia. De pouco me ajudaria vender o meu carro. Tem 25 anos e ainda me presta bons serviços. De qualquer maneira, o elmo vai custar o equivalente a muitos carros. Não sei o que fazer. Com lógica não chego lá. Tenho de me deixar guiar pelo subconsciente, e este diz-me: “O ELMO DE D. SEBASTIÃO TEM DE REGRESSAR A PORTUGAL!”

 

Não fui a Londres, uma vez que a minha presença neste leilão faria algumas pessoas pensarem e eventualmente acordarem.

 

Pedi para a leiloeira me telefonar.

 

Em Londres já estão a vender as primeiras peças no leilão. Tenho o catálogo sobre os joelhos, sentado ao lado do telefone. Da nossa televisão só oiço os berros de mais uma greve geral, totalmente inútil, onde políticos e sindicalistas fazem o seu circo perante as câmaras dos média, vermes do sistema. Se houvesse entre eles alguém que realmente estivesse empenhado no bem de Portugal, essa pessoa estaria a esta hora em Londres a fim de trazer o elmo de D. Sebastião de volta. É preciso defender a identidade lusa e esta mantém-se quando se ama Portugal e a sua história, e não com malabarismos vocais e movimentos de massas arrancadas do trabalho.

 

Se eu tiver a sorte de, nem o Musée de l’Armée de Paris, nem a Armeria Real de Turim, nem o museu de Filadélfia – visto todos eles possuírem alguns elementos desta armadura, desejando certamente completá-la –, se darem conta de que este elmo lhes faz muita falta, ainda assim é necessário ultrapassar os comerciantes, sempre à procura de lucro fácil. Aí, tenho a “sorte” do elmo ter um pequeno furo (menor do que uma moeda de 1 cêntimo), o suficiente para muitos não o quererem. Este buraquinho não altera em nada a importância histórica da peça, mas apenas o seu momentâneo valor comercial, enquanto não se tiverem dado conta de que se trata de um elmo de um duque, oferecido a um rei. AO NOSSO REI!

 

Tenho os nervos à flor da pele. O telefone vai tocar dentro de instantes. O que é que vou ter que dar em troca para poder pagar esta factura choruda? Não sei! Depois se verá. O ELMO TEM DE VOLTAR!

 

Não vai haver férias nem presentes de Natal, e mesmo estes cortes não vão ser suficientes. Mas O ELMO TEM DE VOLTAR!

 

O telefone toca. O elmo vai à praça! Dou uma ordem: “COMPRE!”.

 

O martelo do leiloeiro bateu!

 

O ELMO DE D. SEBASTIÃO VAI VOLTAR A PORTUGAL.

 

 Rainer Daehnhardt

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 11:34
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Novembro 25 2010

 

Foi no dia 25 de Novembro de 1510 que Afonso de Albuquerque conquistou Goa aos muçulmanos que então a governavam.

 

Faz hoje 500 anos.

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 19:32
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Novembro 04 2010

OS PECADOS DE BASTIÃO PIRES

 

 (*)

 

. Embarcou de Lisboa para a Ásia pouco depois de 1500. Foi Vigário geral da Ilha de Cochin, na Costa do Malabar. Ao Oeste e não muito distante situa-se a Serra da Pimenta, Cabo de Comorim um pouco mais ao Sul da Índia. Cochim foi base importante dos portugueses antes de Afonso de Albuquerque conquistar definitivamente Goa em 1510.

 

. De Cochim é planeada a expansão lusa para a Costa do Coramandel, a Ilha do Ceilão que se situa a Sul da Baía de Bengala até ao extremo Oriente. Bastião Pires, também conhecido por Sebastião, chega a Cochim nos anos de 1512. Em Lisboa, foi pároco de prestígio, confessor e Capelão de Dom Manuel I.

 

. O monarca Venturoso, tendo em Bastião um clérigo da sua confiança, nomeou-o Vigário-Geral de Cochim e mandou-o seguir para a Índia arrebanhar cristãos; numa terra onde havia muitos infiéis, inclusivamente mouros de tez escura iguais aos de Marrocos e Tânger e que imenso trabalho tinha dado aos portugueses escorraçá-los do Algarve para o Norte de África.

 

. Trocou correspondência com o Rei D. Manuel I; foi a Lisboa apresentar-lhe "queixinhas", dando-lhe conta do pouco zelo que à sua fazenda lhe era dado na Ilha da Pimenta; voltou à Índia. E, depois da morte do seu Rei protector, foi acusado de crimes de peculato, de "mulherengo" e acabou por desaparecer da arena política/religiosa da Índia.

 

. Ficaria por lá mas Lopo Soares de Albergaria enviou-o para Lisboa a fim de prestar contas do que foi acusado. Pobre do padre Bastião Pires que depois da morte do seu grande amigo Afonso Albuquerque não conseguiu libertar-se da vingança dos adversários políticos. . A intriga era coisa comum entre os portugueses da época. Todos desejavam – fosse como fosse – enriquecer sem escrúpulos.

 

.Não vamos julgar o pároco Bastião Pires, tão-pouco condená-lo pelas acusações que lhe foram feitas há quase 500 anos. Para atingirem objectivos, os fidalgos vaidosos, a gente de confiança d’el-Rei, que depois o traiam na Índia, não olhavam a meios para regressarem poderosos a Lisboa.

 

 [ReportagemMim.JPG] José Gomes Martins

(Bangkok)

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 08:10
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Outubro 28 2010

 

 

Tenho um amigo incondicional que se chama “Caramelo”. É um rafeirote baixinho, branco com malhas amareladas e com uma cara que delicia todas as Senhoras. Aos Sábados, pela manhã, vou passeá-lo para que varie dos cheiros do jardim cá de casa que ele já nem deve sentir. Um dos passeios de que o “Caramelo” mais gosta é ao “Jardim Guerra Junqueiro”, mais conhecido por Jardim da Estrela, ali bem à frente da basílica a que se segue uma ida à praia de Algés, mesmo ao lado da Torre de Belém; o programa acaba com uma passeata à trela ao longo do cais a que esteve durante anos atracada a restaurada fragata “D. Fernando”.

 

 (*)

Coreto do Jardim da Estrela

 

Eis como num ápice se passeia um cão frente às maiores glórias nacionais na poesia, na arquitectura e na tecnologia; mordomias exclusivas de quem tem casa em Lisboa. Não lhas explico porque ainda não dialogo com cães mas recordo sempre as condições históricas que criaram a iconoclastia do poeta republicano, a basílica da real gravidez, a epopeia dos descobrimentos e a língua portuguesa em Damão. Recordo essas realidades históricas sem rancores nem nostalgias, apenas procurando descortinar-lhes os fundamentos, já que hoje não somos nem mais nem menos inteligentes do que os de antigamente; apenas mudou o racionalismo. E hoje pensamos com tristeza na perda sucessiva de gerações de tão boa gente humilhada à grandeza falaciosa do despotismo, desses todos que nos governaram julgando que eram nossos donos em vez de nossos chefes. Olhando para trás, vemos como foram vãos os que quiseram mudar o país erigindo palácios na Serra de Sintra ou construindo naus em Damão com teca preciosa em vez de ensinarem os portugueses a ler e de cuidarem da nossa língua nos sertões africanos, na Costa do Malabar ou na foz do Rio das Pérolas. E quando lemos a revolta do poeta, não deixamos de pensar com tristeza na frustração que terá sido escrever num mar de analfabetos.

 

 (**)

Basílica da Estrela

 

Mas tudo mudou entretanto e finalmente o iluminismo chegou. Hoje, não temos amos que nos obriguem a erigir castelos para os seus prazeres privados, que mandem construir naus imponentes para exibição nas cortes europeias ou que nos imponham limites inquisitoriais à imaginação. Hoje, já somos donos de nós mesmos, não temos que exibir aquilo que não somos e eis que estamos na alta tecnologia automóvel, na aeronáutica, na arquitectura, na informática, no “design” e na literatura. Já lá vai a sociedade conformada com o destino que os poderes supremos lhe haviam determinado e hoje temos um português a presidir à União Europeia, a lusofonia já contando com quatro prémios Nobel e Portugal a passar por uma verdadeira catarse que em pouco tempo o fará ultrapassar as velhas razões do subdesenvolvimento.

 

 (***)

 Fragata «D. Fernando e Glória»

 

Os nossos governantes deixaram de ser Imperadores e nós passámos a fazer o que a razão nos aconselha convivendo com todos os povos em perfeita igualdade; já ninguém nos obriga a construir grandes e espaventosas naus e, afinal, até somos campeões a construir canoas. 

 

Henrique Salles da Fonseca

  (****)

Canoagem olímpica

 

NOTA EXPLICATIVA: Nas provas de canoagem dos recentes Jogos Olímpicos, as canoas de quase todas as equipas eram de concepção a fabrico português

 

(*) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.meloteca.com/imagens/coretos/coreto-lisboa-estrela.jpg&imgrefurl=http://www.meloteca.com/coretos-lisboa-estrela.htm&usg=__WNaBO03Tudov39sCy5IZlmV9ws0=&h=400&w=600&sz=102&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=fpmwdVd-xnNe4M:&tbnh=128&tbnw=169&prev=/images%3Fq%3DJardim%252Bda%252BEstrela%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26rlz%3D1T4SUNA_enPT292PT293%26biw%3D1020%26bih%3D535%26tbs%3Disch:10%2C115&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=466&vpy=220&dur=3625&hovh=183&hovw=275&tx=159&ty=119&ei=LorJTICzE8mI4gadu9WUAQ&oei=LorJTICzE8mI4gadu9WUAQ&esq=1&page=1&ndsp=15&ved=1t:429,r:12,s:0&biw=1020&bih=535

 

(**) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://images.travelpod.com/users/bloomie/1.1283832521.estrela-basilica-bas-lica-da-estrela.jpg&imgrefurl=http://www.travelpod.com/s/estrela%2Bdo%2Bvau%2Bapartments&usg=__SIM1Xo-4i7cet1CdH3M3kV_V4b4=&h=413&w=550&sz=121&hl=pt-br&start=122&zoom=1&tbnid=08x9PUWIn0d1PM:&tbnh=115&tbnw=172&prev=/images%3Fq%3DBas%25C3%25ADlica%252Bda%252BEstrela%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DG%26rlz%3D1T4SUNA_enPT292PT293%26biw%3D1020%26bih%3D535%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=911&ei=rozJTJPxIMG88gb88vy4AQ&oei=-4vJTI3_Ec3N4gaAsumkAQ&esq=4&page=8&ndsp=16&ved=1t:429,r:2,s:122&tx=86&ty=81

 

(***)http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://ante-et-post.weblog.com.pt/Fragata%2520D%2520Fernando%2520II%2520e%2520Gl%25F3ria.jpg&imgrefurl=http://ante-et-post.weblog.com.pt/2007/05/cutty_sark_nem_tudo_esta_perdi_1&usg=__sS6m2wFx6GPM9GcK5WQSNrsb7pk=&h=450&w=600&sz=135&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=hK_fAq5DsqpGRM:&tbnh=139&tbnw=203&prev=/images%3Fq%3DFragata%252BD.%252BFernando%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DG%26rlz%3D1T4SUNA_enPT292PT293%26biw%3D1020%26bih%3D535%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=551&ei=yI3JTOKiApeg4QbM_KWIAQ&oei=yI3JTOKiApeg4QbM_KWIAQ&esq=1&page=1&ndsp=15&ved=1t:429,r:0,s:0&tx=114&ty=92

 

(****) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.baixaki.com.br/imagens/wpapers/BXK24776_2004_8_23_11_55_43_canoa_wa_23.08_2686800.jpg&imgrefurl=http://www.baixaki.com.br/papel-de-parede/9939-canoagem-equipe-olimpica-do-brasil-.htm&usg=__8Gcetjr8BDXogCHBUTdzMAe3xlg=&h=655&w=1024&sz=154&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=-2Na5bo_gsuYcM:&tbnh=92&tbnw=144&prev=/images%3Fq%3Dcanoagem%252Bol%25C3%25ADmpica%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DG%26rlz%3D1T4SUNA_enPT292PT293%26biw%3D1003%26bih%3D496%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=98&vpy=70&dur=481&hovh=179&hovw=281&tx=143&ty=108&ei=oY7JTNriG5C44gawpZ2SAg&oei=oY7JTNriG5C44gawpZ2SAg&esq=1&page=1&ndsp=18&ved=1t:429,r:0,s:0

 

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 15:29
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Agosto 15 2010

 

 

 

Título: 1509 – A Batalha que Mudou o Domínio do Comércio Global

 

Autores: Jorge Nascimento Rodrigues – Tessaleno Devezas

 

Editora: Centro Atlântico – Lisboa

 

Edição: 1ª, Outubro de 2008

http://www.youtube.com/watch?v=1T10sXLRX4o&feature=player_embedded#

 

 

 

No dia 3 de Fevereiro de 1509 desenrolou-se uma batalha naval ao largo de Diu que hoje é considerada como tendo sido a primeira batalha da era moderna sendo ali aplicada uma táctica que perdurou até à 2ª Guerra Mundial.

 

Mas a sua importância ultrapassou as questões técnicas militares pois foi com essa batalha que o Oceano Índico deixou de ser um «lago muçulmano» para passar a ser um mar português; as rotas comerciais entre a Europa e o Oriente deixaram então de passar pelo Mar Vermelho, Alexandria e Veneza para passarem a seguir pelo Cabo da Boa Esperança em direcção a Lisboa.

 

E não deixa de ser curioso que o ganhador dessa batalha tivesse sido um Vice-Rei da Índia que já estava demitido, D. Francisco de Almeida, num processo de vingança pessoal pela morte do filho na batalha naval de Chaul, fora de qualquer orientação estratégica emanada da Coroa.

 

Mais ficámos a saber que o uso brutal da força se ficou a dever a quem mais preconizava (e tinha praticado durante o mandato) a via diplomática e o smart power ficando para a História como o mais subtil estratega do então nascente Império Português do Oriente.

 

E foram muitas as informações que recordámos ou aprendemos:

 

- No regresso a Portugal, D. Francisco de Almeida morreu na praia da Baía de Saldanha, a sul da actual Namíbia, trespassado por lanças ou setas de cafres locais; como epitáfio alguém escreveu: Aqui jaz D. Francisco de Almeida, Viso-Rey da Índia, que nunca mentiu nem fugiu;

 

- O Corão determina que os fiéis iniciem o jejum do Ramadão somente após a observação, a olho nu, da Lua Nova que marca o primeiro dia desse mês. (...) tal observação deve ser feita por duas testemunhas idóneas e piedosas que comunicam o facto a autoridades reconhecidas, as quais determinam então o início do período.

 

Lido com interesse e mantido à mão como recurso informativo para muitas e diversificadas matérias.

 

Tavira, Agosto de 2010

 

Henrique Salles da Fonseca

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 09:56
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