Elos Clube de Tavira

Janeiro 06 2011

 (*)

 

 

- As árvores, meu filho, não têm alma!

E esta árvore me serve de empecilho...

É preciso cortá-la, pois, meu filho,

Para que eu tenha uma velhice calma!

 

- Meu pai, por que sua ira não se acalma?!

Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!

Deus pôs alma nos cedros... no junquilho...

Esta árvore, meu pai, possui minha`alma!...

 

- Disse - e ajoelhou-se, numa rogativa:

"Não mate a árvore, pai, para que eu viva!"

E quando a árvore, olhando a pátria serra,

 

Caiu aos golpes do machado bronco,

O moço triste se abraçou com o tronco

E nunca mais se levantou da terra!

 

Augusto dos Anjos

Augusto dos Anjos

 

 

Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos (Cruz do Espírito Santo, 20 de Abril de 1884Leopoldina, 12 de Novembro de 1914) foi um poeta brasileiro, identificado muitas vezes como simbolista ou parnasiano. Todavia, muitos críticos, como o poeta Ferreira Gullar, preferem identificá-lo como pré-modernista, pois encontramos características nitidamente expressionistas em seus poemas.

É conhecido como um dos poetas mais críticos do seu tempo, e até hoje sua obra é admirada tanto por leigos como por críticos literários.

in Wikipédia

 

(*) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/arvores/imagens/cedro-arvore-3.jpg&imgrefurl=http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/arvores/arvores-cedro-2.php&usg=__MgVltU8Nuhs4V0xMYSdpVfWqvVI=&h=294&w=291&sz=17&hl=pt-pt&start=0&zoom=1&tbnid=da3ljxkxLp6mjM:&tbnh=128&tbnw=122&prev=/images%3Fq%3Dcedro%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1007%26bih%3D681%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=512&vpy=56&dur=2528&hovh=226&hovw=223&tx=114&ty=142&ei=DoclTcHuM5Oo8QPk-fWABw&oei=DoclTcHuM5Oo8QPk-fWABw&esq=1&page=1&ndsp=23&ved=1t:429,r:3,s:0

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 09:00
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Janeiro 03 2011

 

 

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui

Para a frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam

Poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,

Cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir

Assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar

Da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo

De secretário geral do coral.

 

'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,

Minha alma tem pressa...

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,

Muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com

Triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!

 

 Mário de Andrade

http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.riobranco.org.br/arquivos/sites2008/6_agosto/grupo3/Site/000mario.jpg&imgrefurl=http://www.riobranco.org.br/arquivos/sites2008/6_agosto/grupo3/Site/M%25E1rio%2520de%2520andrade.htm&h=379&w=247&sz=17&tbnid=TwRlucXTdeubhM:&tbnh=123&tbnw=80&prev=/images%3Fq%3DM%25C3%25A1rio%252Bde%252BAndrade&zoom=1&q=M%C3%A1rio%2Bde%2BAndrade&hl=pt-PT&usg=__nPuly68kUbpmjCM3jWSQdNM6v0A=&sa=X&ei=-d4hTbCJLoeh8QO609nbBQ&ved=0CEMQ9QEwBA

 

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 14:27
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Dezembro 22 2010

 

 

Depois de procelosa tempestade,

Nocturna sombra e sibilante vento,

Traz a manhã serena claridade,

Esperança de porto e salvamento;

Aparta o Sol a negra escuridade,

Removendo o temor do pensamento:

Assim no Reino forte aconteceu,

Depois que o Rei Fernando faleceu.

 

Os Lusíadas – Canto IV – 1

Luís de Camões

 

 

Votos de feliz Natal e que em 2011 também possamos dizer da crise o que Camões disse do Rei Fernando.

 

Henrique Salles da Fonseca

 

NB: Este blog vai entrar em pousio até 3 de Janeiro de 2011 pois vou ausentar-me de Portugal e não levo o computador portátil que está em reparação até Janeiro adentro…

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 15:20
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Dezembro 17 2010

Poema e voz de Euclides Cavaco

 

 

http://www.euclidescavaco.com/Recitas/Sempre_Natal/index.htm

 

 

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 18:15
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Dezembro 06 2010

 

Poeta, poeta, vives com a cabeça na lua.

Procuras, alma inquieta, a beleza das coisas, o sentido da vida.

O sofrimento que nos outros a alma embota,

Em ti a verve e a sensibilidade exacerba.

Precisas dele para seres... poeta.

A vida feliz, partilhada, para ti não existe.

A triste, sofrida, solitária, é a tua.

 

Poeta, idealizas, vês o que os outros não vêem,

Percebes dores, emoções que aos outros escapa.

Transformas sentimentos, sons, ideias,

Em versos que tocam aos corações.

 

Ah! Poeta, às vezes até eu te entendo,

Aqui as coisas estão tão duras, complexas,

Que eu preferiria viver lá nas estrelas,

Longe, onde a Terra é uma linda bola azul sem problemas.

 

 Maria Eduarda Fagundes

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 09:21
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Novembro 21 2010

 

 

Em 31/05/2000 havia, como ainda hoje existe o programa “Praça da Alegria” que, na altura era apresentado por Manuel Luis Goucha.

Nesse dia ele convidou os telespectadores de responderem à seguinte pergunta: - “para que serve a poesia”?

Eu respondi à pergunta com o poema abaixo e que ele no final do programa, declamou.

 

PARA QUE SERVE A POESIA

 

Não é um verso

         que muda o mundo ...

mas ajuda.

 

Não foram as poesias

         de todos os poetas do mundo

que mudaram o viver ...

         ajudaram ...

                  e ajudaram muito.

 

Versos e canções

         foram proibidas

                  amaldiçoadas

queimadas em praça publica ...

e atingiram seus objectivos.

 

Poemas destruíram ditaduras ...

         derrotaram democracias ...

incutiram novas ideias ...

         fizeram leis ...

sobreviveram além dos homens.

 

É por isso ...

         Que existem poetas.

 

Recife, 31.05.2010

 

 

Delmar Rosado

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 10:43
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Novembro 02 2010

  (*)

 

A fortaleza mergulha no mar

Os cansados flancos

E sonha com impossíveis

Naves moiras

Tudo mais são ruas prisioneiras

E casas velhas a mirar o tédio

As gentes calam na

Voz

Uma vontade antiga de lágrimas

E um riquexó de sono

Desce a Travessa da "Amizade"

Em pleno dia claro

Vejo-te adormecer na distância,

Ilha de Moçambique,

E faço-te estes versos

De sal e esquecimento

 

 Rui Knopfli

 (**)

De "A Ilha de Próspero"

 

(*) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www2.iict.pt/archive/img/mocambique2.jpg&imgrefurl=http://www2.iict.pt/%3Fidc%3D102%26idi%3D11707&usg=__yT_xr5KTdcKIS-d_zZuAFfovpfw=&h=315&w=450&sz=39&hl=pt-pt&start=17&zoom=1&tbnid=ztRJAw8Dqgkj3M:&tbnh=157&tbnw=208&prev=/images%3Fq%3Dilha%2Bde%2Bmocambique%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DG%26biw%3D1007%26bih%3D681%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=390&ei=Sc3PTNChJZSOjAfilIWzBg&oei=P83PTPicL8eG4Qads7y4Bg&esq=2&page=2&ndsp=12&ved=1t:429,r:3,s:17&tx=113&ty=79

 

 

(**) http://www.google.pt/imgres?imgurl=https://1.bp.blogspot.com/_EmX17974UbE/SqkPcY_2QEI/AAAAAAAACtI/-lrVMKlEYHU/s320/RuiKnopfli.jpg&imgrefurl=http://ruadaspretas.blogspot.com/2009/09/rui-knopfli-sem-nada-de-meu.html&usg=__PhYq5Azk4w-FhtOMYNmAUJUXIB4=&h=320&w=214&sz=11&hl=pt-pt&start=0&zoom=1&tbnid=dG2pIIfVoZ_6BM:&tbnh=129&tbnw=139&prev=/images%3Fq%3DRui%2BKnopfli%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1007%26bih%3D681%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=251&vpy=182&dur=1202&hovh=256&hovw=171&tx=75&ty=109&ei=5szPTIqsHZeg4QaR1YmcBg&oei=5szPTIqsHZeg4QaR1YmcBg&esq=1&page=1&ndsp=24&ved=1t:429,r:6,s:0

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 08:30
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Outubro 16 2010

 (*)

 

 

Sentado no banco cinzento

Entre as alamedas sombreadas do parque.

Ali sentado só, àquela hora da tardinha,

Ele e o tempo. O passado certamente,

Que o futuro causa arrepios de inquietação.

Pois se tem o ar de ser já tão curto,

O futuro. Sós, ele e o passado,

Os dois ali sentados no banco de cimento.

 

Há pássaros chilreando no arvoredo,

Certamente. E, nas sombras mais densas

E frescas, namorados que se beijam

E se acariciam febrilmente. E crianças

Rolando na relva e rindo tontamente.

 

Em redor há todo o mundo e a vida.

Ali está ele, ele e o passado,

Sentados os dois no banco de frio cimento.

Ele a sombra e a névoa do olhar.

Ele, a bronquite e o latejar cansado

Das artérias. Em volta os beijos húmidos,

As frescas gargalhadas, tintas de Outono

Próximo na folhagem e o tempo.

 

O tempo que cada qual, a seu modo,

Vai aproveitando.

 

 Rui Knopfli

(1932-1997)

 

Nasceu em Inhambane, Moçambique. Poeta.  Jornalista. A sua estreia deu-se com o livro O País dos Outros (1959). Lançou, com João Pedro Grabato Dias, os cadernos de poesia Caliban (1971-72),  trabalhou como adido de imprensa, na delegação portuguesa à Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque (1974) onde participou dos trabalhos da Comissão de Descolonização. Publicou Memória Consentida (1982) e em 1984 recebeu o prêmio de poesia do PEN Clube.

 

in http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_africana/mocambique/rui_kinopfli.html

 

 

(*) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://bp1.blogger.com/_U5HBV416zFg/SGuO0gba6EI/AAAAAAAABKY/TFIFFp1EySo/s400/Blog_FICAR%2BVELHO%2B%C3%89%2BBOM%2BPARA%2BA%2BM%C3%83E%2BDOS%2BOUTROS.jpg&imgrefurl=http://zecarlosmanzano.blogspot.com/2008_07_01_archive.html&usg=__2w2SrGvcsUZCSHPQgnIIUwEOO4k=&h=345&w=373&sz=37&hl=pt-pt&start=45&sig2=oJ2Ljq2ruJIheqO8UC-m2g&zoom=1&tbnid=mBhG5URUgWEayM:&tbnh=130&tbnw=138&ei=gau5TLPvF42OjAf975TRDg&prev=/images%3Fq%3DVelho%252Bsentado%252Bno%252Bparque%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DG%26biw%3D1003%26bih%3D551%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&oei=YKu5TIjbJMKJ4QbVrOHoDQ&esq=4&page=4&ndsp=16&ved=1t:429,r:3,s:45&tx=72&ty=67

 

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 14:26
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Outubro 10 2010

  (*)

 

 

Chorai arcadas

Do violoncelo!

Convulsionadas,

Pontes aladas

De pesadelo...

 

De que esvoaçam,

Brancos, os arcos...

Por baixo passam,

Se despedaçam,

No rio, os barcos.

 

Fundas, soluçam

Caudais de choro...

Que ruínas, (ouçam)! S

e se debruçam,

Que sorvedouro!...

 

Trémulos astros...

Solidões lacustres...

— Lemes e mastros...

E os alabastros

Dos balaústres!

 

Urnas quebradas!

Blocos de gelo...

— Chorai arcadas,

Despedaçadas,

Do violoncelo.

 

 

Um poema simbolista, à maneira do poeta francês Paul Verlaine, jogando com os sons, como sugestão de estados de alma:

 

Les sanglots longs

des violons

de l'automne

blessent mon coeur

d'une langueur

monotone.

 

Tout suffocant

et blême, quand

sonne l'heure.

je me souviens

des jours anciens,

et je pleure...

 

Et je m'en vais

au vent mauvais

qui m'emporte

de çà, de là,

pareil à la

feuille morte...

 

O poema de Pessanha joga igualmente com as suas emoções, associadas à musicalidade ou simbolismo dos sons, numa poesia adescritiva, contrária às grandes tiradas retóricas da poesia lírica anterior, em processo aliterativo e sinestésico, os sons amplos, abertos e líquidos - aa, ll, rr - das imagens fugidias da água do rio, ou dos sons do violoncelo, os sons fricativos - ss - contrastantes, com os oclusivos mais duros - pp, kk, tt - os uu e os ee fechados - transpondo sentimentos do transitório, do fugaz, da devastação interior, da morte, concomitantes com a devastação exterior contidos nas imagens das urnas quebradas, dos blocos de gelo...

 

 Foi Ester de Lemos, que fez a sua tese sobre "A Clépsidra de Camilo Pessanha", uma das pioneiras dos estudos estilísticos, que vale a pena consultar.

 

Berta Brás

 

Camilo Pessanha
Camilo Pessanha

Camilo Pessanha
  
  
 
Nacionalidade Portugal
 

Camilo Almeida Pessanha (Coimbra, 7 de Setembro de 1867 — Macau, 1 de Março de 1926) foi um poeta português, considerado o expoente máximo do Simbolismo em língua portuguesa, além de antecipador do princípio modernista da fragmentação.

Vida

Tirou o curso de Direito em Coimbra. Em 1894, transferiu-se para Macau, onde, durante três anos, foi professor de Filosofia Elementar no Liceu de Macau, deixando de leccionar por ter sido nomeado em 1900 conservador do registro predial em Macau e depois juiz de comarca. Entre 1894 e 1915 voltou a Portugal algumas vezes, para tratamento de saúde, tendo, numa delas sido apresentado a Fernando Pessoa que era, como Mário de Sá-Carneiro, grande apreciador da sua poesia.

Publicou poemas em várias revistas e jornais, mas seu único livro Clepsidra (1920), foi publicado sem a sua participação (pois se encontrava em Macau) por Ana de Castro Osório, a partir de autógrafos e recortes de jornais. Graças a essa iniciativa, os versos de Pessanha se salvaram do esquecimento. Posteriormente, o filho de Ana de Castro Osório, João de Castro Osório, ampliou a Clepsidra original, acrescentando-lhe poemas que foram encontrados. Essas edições saíram em 1945, 1954 e 1969.

Apesar da pequena dimensão da sua obra, é considerado um dos poetas mais importantes da língua portuguesa. Camilo Pessanha morreu no dia 1 de Março de 1926 em Macau.

 

in Wikipédia

 

(*) http://www.google.pt/imgres?imgurl=https://1.bp.blogspot.com/_262cQzElJNE/SuCc95YDf3I/AAAAAAAAAGU/83T19EpjWgY/s400/CamiloPessanha2.jpg&imgrefurl=http://urbanizacao-vale-mourao.blogspot.com/2009/10/praceta-camilo-pessanha.html&usg=__StqxWcOMpryda4JEN0Ut2tXE8-w=&h=300&w=400&sz=33&hl=pt-pt&start=0&sig2=imIhMo_UzkUBLR-JsgqCFQ&zoom=1&tbnid=YuebbmmA-GZpbM:&tbnh=106&tbnw=151&ei=YJKxTLP_OtmP4gaAoLjZBg&prev=/images%3Fq%3DCamilo%252BPessanha%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1003%26bih%3D551%26tbs%3Disch:10%2C165&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=601&vpy=83&dur=859&hovh=194&hovw=259&tx=140&ty=96&oei=YJKxTLP_OtmP4gaAoLjZBg&esq=1&page=1&ndsp=20&ved=1t:429,r:11,s:0&biw=1003&bih=551

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 11:09
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Outubro 09 2010

 

02)-Teatro de Ocupação

 

Cansei de existir

Mas estudo, trabalho, luto para não

                                                Repetir

A dose.

Morrer é passar de ano?

 

Luto para não me ferir

Mais do que me fere a existência

                                               De ser

Um homem.

Viver é reparar dano?

 

Existo para inquirir

O nojo, o horror da vida, a cruz

                                              Do medo

Da fome.

Escrever é baixar o pano?

 

 

Silas Corrêa Leite

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 18:59
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