Tavira tem dois rios.
Um é o Séqua, que nasce nas serranias de Alportel, a escassos vinte quilómetros, e desce mansamente pelo Vale da Asseca até atingir a cidade.
Depois, em pleno centro urbano, alia-se ao Gilão, que nasce ali mesmo, perto da Ponte Romana. Depois, seguem juntos até ao mar, passando ainda pela Ria Formosa, alimentando, nas sedimentações que traz da serra, o viveiro que ecológico que ali se desenvolve.
Esta cidade descobre-se com uma visita. Demorada para que se colham lições da sua História, das vinte e duas igrejas católicas que o espaço urbano contém, do testemunho romano, do castelo muçulmano ou dos vestígios fenícios.
Não deixará, o visitante interessado de cirandar, ainda, pelos arredores até onde a tocam a toalha líquida da Ria Formosa ou do Oceano. Águas que, na sua mansidão, conjugam o rutilante sol com o doirado e finura dos areais, numa cooperação cujos resultados são créditos imediatos para quem escolhe estas paragens para retemperar forças.
Tavira espera o ano inteiro pelos seus visitantes. E enquanto espera, vai transmitindo as belas imagens que garantem a sua idoneidade turística. Sem pressas nem atropelos, no convívio do Passado com o Presente e na confiança de um Futuro que tanto é já amanhã como nos dias seguintes.
Tavira espera, por si!
Luís de Melo e Horta
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As fotos correspondem à Ponte Romana, à Igreja de Santa Maria do Castelo e à queda de Água "Moínhos da Rocha, no Vale da Asseca.