Elos Clube de Tavira

Dezembro 08 2010

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Entre as várias hipóteses aventadas sobre a naturalidade de Cristóvão Colombo, destaca-se a de Génova, mas falta a documentação comprovante. E a de Barcelona é ainda mais fantasiosa.

 

Se fosse indiscutível a primeira dedução, porque é que ele não sabia falar e muito menos escrever alguns dos dialectos genoveses, já que o idioma que ele usou mais vezes foi o português e, depois, o velho castelhano, pois foi ao serviço dos Reis Católicos que ele consumou as viagens à América - o Rei D. João II de Portugal recusara o projecto, por saber que o caminho marítimo para as Índias era pelo Atlântico Sul e depois através do Índico. E tinha razão conforme o demonstrou Vasco da Gama.

 

Entretanto, retomemos o começo e os portugueses dominavam as rotas atlânticas e se não foram mais cedo à Índia e ao Brasil foi por respeitarem cronologicamente definidas as suas rotas de viagens. E se estas exigiam coragem, o resto tinha sido previamente traçado, porquanto os castelhanos seguiam na babugem lusitana e os outros europeus (da França, Inglaterra, Holanda, Itália e Inglaterra, todos à volta com convulsões independentistas), limitavam-se a espionar em Lisboa (leia-se Jaime Cortesão) os projectos, os mapas e as inconfidências de alguns traidores, porque, como disse Camões, entre os portugueses, traidores houve algumas vezes...

 

Em relação a Colombo (nome talvez suposto), pode admitir-se que ele seria plebeu (como insinuam os genoveses), na falta de comprovação documentada, nem tão pouco o judeu de documentação, nem Lisboa (Fevereiro de 1479) e, como está provado o grande navegador apesar de não ter chegado à Índia casou com D. Filipa Moniz Perestrelo, que foi Donatária da Ilha de Porto Santo, de quem teve o primogénito D. Diogo.

 

Colombo (ou Cólon) teve mais tarde outros dois filhos da espanhola Beatriz Torquemada, mas não chegou a casar-se com ela.

 

Entre mais de uma dezena de livros que pudemos compulsar em Lisboa, nos últimos meses Cristóvão Colom, o Almirante de Nobre Estirpe, de autoria da historiadora Julieta Marques, e Colombo Português de Manuel Rosa, os dois autores juntam-se aos especialistas que defendem a tese de que Cristão Colombo nasceu em Cuba, no Alentejo de Portugal. (Voltaremos ao assunto).

 

 João Alves das Neves

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(*) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.causamerita.com/cristovao_colombo.jpg&imgrefurl=http://www.causamerita.com/enigmas.htm&usg=__Ax6WytkXZaXGPlm8-zXG17WLthk=&h=429&w=320&sz=33&hl=pt-pt&start=22&zoom=1&tbnid=xgoQ3KSeHtxtlM:&tbnh=153&tbnw=114&prev=/images%3Fq%3Dcristovao%2Bcolombo%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1007%26bih%3D681%26tbs%3Disch:10%2C408&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=355&vpy=242&dur=2589&hovh=260&hovw=194&tx=96&ty=148&ei=9GT7TLuTGdiH4gbu-MCFBw&oei=3mT7TKjoG4uwhQfgu-ShAg&esq=2&page=2&ndsp=13&ved=1t:429,r:1,s:22&biw=1007&bih=681

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 14:44
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«Colombo Português-Novas Revelações» (edições Ésquilo), é o melhor livro que tenho lido sobre a tese do Colombo Português. Devo dizer, com toda a franqueza, que acho a obra de Manuel Rosa muito válida, escrita em estilo académico mas simples e muito bem fundamentada. É uma obra que se destaca pela seriedade e rigor. A tese que o autor defende é suportada por vários documentos apresentados no livro, alguns pela primeira vez. Notável é o desenvolvimento da linhagem da esposa Filipa Moniz. Pela primeira vez constato que nesta questão as peças do "puzzele" Colombo começam a fazer algum sentido. É excepcional. Resumindo: vale a pena ler.
Carla Costa a 5 de Janeiro de 2011 às 18:33

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