(*)
Gaivota
Transporta no bico
Esse traço fino
Entre o verde e o azul
Que separa e enleia
O espanto do menino
E um castelo de areia
Nas praias do sul
Leva na asa
A brisa leve
Dum final de tarde
E no seu olhar
O reflexo róseo
Da barra-poente
Que reflecte e arde.
Leva no peito
O branco-alvura
De pureza e paz
E em cada voo
A força e o assombro
Que um belo poema
Só ele é capaz
Ofélia Bomba
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Maria Ofélia da Costa Oliveira Bomba Janeiro Borges nasceu em Boliqueime/Loulé, mas foi de imediato viver para Tavira onde seu pai era médico veterinário municipal. Fez nos anos 50 o curso secundário e complementar nesta cidade algarvia e aos 17 anos rumou a Lisboa a fim de frequentar a Faculdade de Medicina.
É médica especialista em psiquiatria, profissão que exerce no Ministério da Justiça, na área da Delinquência Juvenil e faz clínica privada.
Sempre se dedicou à poesia, cujos trabalhos tem publicado em vários jornais e revistas, além dos livros que subscreveu.
É membro da SOPEAM (Sociedade. Portuguesa de Escritores e Artistas Médicos), UMEAL (União de Médicos Escritores e Artistas Lusófonos) e da UNEM (União de Escritores Médicos) e ainda da AJEA (Associação dos Jornalistas e Escritores Algarvios). Está ainda em diversas Antologias.
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Livros de Poesia publicados: “Poemas do Rato Morto”/1993; “Porta de Reixa”/2001 e “Para Ti”/2004.
Luís de Melo e Horta