Elos Clube de Tavira

Junho 05 2010

 

 SEBASTIÃO LEIRIA

 

Versos de Hoje

 

Meus versos são magoados, são tristonhos,

Derrotados na vida que sonhei…

São castelos tombados dos meus sonhos,

Saudades do ideal por que lutei.

 

De peito aberto o fiz, nesses medonhos

Recontros p’la bondade a que aspirei,

Sem me cansar dos trilhos enfadonhos

Da arte e da beleza que criei,

 

Traições, ciladas de almas mal formadas,

Vieram de emboscada às gargalhadas,

Queimando quanto fiz e havia em mim…

 

Criança sonhadora…a alma morta…

Sonhando ainda vai de porta em porta …

Em busca da bondade até ao fim!

 

11.Janeiro.1972

 

_____________________

 

Sebastião Baptista Leiria nasceu em Tavira em 20.01.1918 onde também faleceu (22.Novembro.1972).

Originário de uma família tavirense de musicólogos, fez carreira profissional nos Tribunais, como escrivão de Direito. Foi grande amigo da sua terra, que cantou de forma inigualável. Foi músico, poeta, pintor, jornalista e destacou-se no teatro como autor e encenador. Cronista da Imprensa Regional, onde também ficaram publicados muitos dos seus versos.

Ensinou música. Dirigiu o Orfeão de Tavira, Banda de Tavira e Orquestra Típica de Faro, para os quais compôs e orquestrou inúmeras peças. Foi autor (música e letra) de diversas revistas de carácter regional, uma das quais exibida em Lisboa no Teatro Maria Vitória (anos 50) com assinalável êxito.

A poesia, uma das importantes facetas da sua rara sensibilidade de artista, está reunida na volumosa obra “Versos”, postumamente publicada. Tem uma rua em Tavira com o seu nome e uma placa de homenagem descerrada junto ao lago do Coreto do Jardim principal da cidade, na Rua José Pires Padinha. Outros livros publicados: “Espaço de Tavira” (em co-autoria) e “Quando o Algarve Canta e Ri”.

Nota – A composição aqui assinalada “Versos de hoje” é uma das suas últimas poesias, elaborada quando Sebastião Leiria já se encontrava bastante doente e sem grande esperança de recuperação.

 

 Luís Horta

Presidente da Mesa da Assembleia Geral

do Elos Clube de Tavira

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 09:25

Há mais de 60 anos atrás, na primeira vez que o Rancho de Alte veio a Tavira e havia no Parque a sua exibição e um concurso de vestidos de chita.
Eu tenha entre 6 e 7 anos e ao descer as escadas que ligavam o Parque aos sanitários eu escorreguei na escada e enterrei uma flecjha que na altura existia na vedação de ferro que separava o parque a escola femenina e as finanças.
Eu sei que sujei de sangue uma das concorrentes que eu não recordo o nome e Sebastião Leiria (todos do meu tempo devem lembrar a figura franzina que era Sebastião Leiria} enrolou um lenço em minha mão e carregou-me ao colo do Parque até ao Hopital.
Hoje ainda tenho em minha mão direita a cicatriz da ocorrência e lembro dele.
Um abraço Luis.
Delmar Rosado a 6 de Junho de 2010 às 17:01

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