Elos Clube de Tavira

Julho 31 2010

 

 

Prezadas Autoridades Elistas,

Prezados membros elistas:

 

É com grande alegria que a diretoria do Elos Internacional, através desta Presidência, o VPIAS e o Governador do DE-2 vêm convidá-lo a participar de evento onde se dará a constituição da Célula Elista Leste-Guiramães Rosa, no dia 7 de Agosto de 2010, pelas 11h 55min, na sede do Elos Clube de São Vicente (SP-BR), sito à Avenida Nove de Julho, 126, Vila Melo, São Vicente (SP-BR).

 

É preciso que lá estejamos para comemorar a expansão do Elos Internacional da Comunidade Lusíada. Afinal, Elos é você, Elos somos todos nós, Elos é uma só corrente de amor, compreensão e paz...

 

Perenizemos o Elos Internacional.

 

Saudações elistas

 

  CE Maria Inês Botelho-PRESINT

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 12:11
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Julho 31 2010

 

 

O que os espanhóis da TVE 2 dizem de Portugal em

 

http://www.rtve.es/alacarta/la2/ultimos/index.html#659940

 

Atenção:

• Locução em castelhano

• Reportagem com uma hora de duração

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 11:49
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Julho 30 2010

 

 

Contei meus anos e descobri que terei menos tempo para viver daqui

Para a frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas,

Rói o caroço.

 

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram,

Cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir

Assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar

Da idade cronológica, são imaturos.

Detesto fazer acareação de desafectos que brigaram pelo majestoso cargo

De secretário-geral do coral.

'As pessoas não debatem conteúdos, apenas os rótulos'.

 

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência,

Minha alma tem pressa...

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana,

Muito humana; que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos,

Não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade,

Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade,

E para mim, basta o essencial!

 

Mário de Andrade

 

Mário Raul de Moraes Andrade, (São Paulo, 9 de Outubro de 1893 — São Paulo, 25 de Fevereiro de 1945) foi um poeta, romancista, crítico de arte, musicólogo da época do movimento modernista no Brasil e produziu um grande impacto na renovação literária e artística do país, participando activamente da Semana de Arte Moderna de 22, além de se envolver (de 1934 a 37) com a cultura nacional trabalhando como Director do Departamento Municipal de Cultura de São Paulo.

 

Mário de Andrade

- in Wikipédia

 

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 19:21
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Julho 30 2010

 

 

Praia do Almoxarife

 

Depois de transcorridos 55 anos, tudo me vem à memória de uma forma indefinida, mais focada nos sentidos que visualizada. Mas da minha rica infância, vivida nas ilhas do Faial e do Pico, o que mais me marcou foram as visões do mar, dos caminhos, o carinho de uma grande família.

 

Na quinta da minha avó materna, as canadas pedregosas, bordadas por canteiros de floridos morangueiros, ofereciam vermelhos e suculentos frutos à gula especulativa da criançada. Vovô seguia atrás, meus primos, minha irmã e eu, à frente em alvoroçada correria. Catávamos os morangos o máximo que podíamos. Depois, com as mãos cheias, levávamos à boca, sem lavar, um a um, avidamente, o espólio da conquista. De volta a casa, após o banho morno em tina de tábuas de madeira, vovó nos alimentava com um nutritivo prato de papas.

 

Era um tempo de inconsequências e alegrias. Pescarias com papai na Ponta da Doca, passeios na avenida beira-mar, o primeiro sorvete (gelado) na antiga Praça do Infante, que perdeu a expressiva estátua do eminente vulto da nossa história não sei para aonde..., piqueniques na estrada para Castelo Branco. Colher frutas nas Quintas e quintais, se arranhar nos silvados ao apanhar amoras. Depois das brincadeiras, comer as sopas de vinho, de leite, o peixinho da época, as batatas, as couves e os legumes, era preciso ficar “perfeita” (gordinha, com as faces coradas), dizia minha mãezinha. Mas bom mesmo era “limpar” com os dedos o tacho das geleias de maçãs com tomate, de nêsperas, de peras, de ameixas, que meus pais faziam para esperar a carestia frutífera do Inverno. À noite, espreitar os jogos de hóquei sobre patins do Sporting Clube da Horta, encarapitada no muro da casa da minha amiguinha, Líbia Maria, ou assistir a garbosa filarmónica tocar, na Praça da República.

 

Aos Domingos, banhos de mar e de sol nas areias negras da Praia do Almoxarife. À tarde, visitas à casa do tio padre, irmão corvino da minha avó paterna, que ficava ao lado da Igreja da Graça, aonde era o pároco. Enquanto os adultos discutiam assuntos familiares, minhas tias ofereciam deliciosos biscoitos de nata com chávenas de chá com leite para os pequenos que, após comer e beber, se entretinham na janela da sala olhando pela luneta os navios e barcos aventureiros que navegavam na rota que ia do Continente para a América.

 

Nos dias bons, de mar calmo e ar sereno, atravessávamos o Canal, e no Pico íamos com meus tios às vindimas. Chupava-se uvas a arrebentar, ou até dar dor de barriga... Quando a lua chegava, voltava-se para casa aos acordes de algum bandolim, ou em cantoria...

 

No Faial, após a colheita e secagem do milho, no final da outonal estação, havia os tão esperados serões na loja que ficava no andar térreo da Casa do Leão, Alto da Vista Alegre, na Horta, onde meus pais moravam, no inicio da década de 50.

 

Após o trabalho de cada um, à noite, a família reunida descascava e debulhava o milho colhido, enquanto minha bisavó, uma picarota baixinha, roliça, de óculos de aro de tartaruga, sempre vestida de preto, com lenço na cabeça, amarrado sob o queixo, lia para o grupo debulhador e atento " As Pupilas do Senhor Reitor", "A Toutinegra do Moinho", "A Dama das Camélias", "Os três Mosqueteiros", e outros sucessos literários daquele tempo. O que me intrigava era que ela apesar de ler com perfeição, como se estivesse vivendo o conto, não sabia escrever! Talvez porque no século em que ela nasceu (1880) o papel e lápis fossem materiais raros, difíceis de naquelas ilhas obter.

 

Enquanto os adultos trabalhavam ouvindo os romances que estimulavam a imaginação e consolavam a alma com palavras de amor, suspense e drama, as desassossegadas crianças subiam e desciam as montanhas de maçarocas de milho. Vez por outra, alguém gritava, achei o “milho rei” (aquele que tinha grãos vermelhos). Havia um prémio ou castigo, não sei; dar ou receber um beijinho de alguém querido. Depois de debulhado e ensacado, o milho era vendido ou ia para o moinho.

 

Quando o Inverno chegava, na época da matança dos porcos, eu me escondia assustada e tampava os ouvidos penalizada com os gritos dos animais que, sangrados até a morte, iriam nos dar com o seu sacrifício a banha, as morcelas, as linguiças, os toucinhos e carnes que nos sustentariam no frio.

 

A casa do tio Padre Avelar, na Praia do Almoxarife

 

Natais de pinheiros gigantes, enfeitados com nozes revestidas de papel prateado, presépios ornados de brancas camélias e perfumadas laranjas, castanhas torradas, inhames e ervilhas, vinhos de cheiro, massa cevada, chicharro frito, batata doce cozida, lapas, polvo, bolos de milho... Meu passado açoriano é um imenso e saudoso canteiro de sabores, odores e cores onde sentimentos felizes povoam até hoje a minha memória.

 

 Maria Eduarda Fagundes

Uberaba, 25 de Julho de 2010

Fotos: Arquivo particular

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 18:55
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Julho 29 2010

 

 

A Vírgula pode ser uma pausa... ou não:

Não, espere.

Não espere.

 

Ela pode fazer desaparecer o seu dinheiro:

23,4 €

2,34 €

 

Pode ser autoritária:

Aceito, obrigado.

Aceito obrigado.

 

Pode criar heróis:

Isso só, ele resolve.

Isso só ele resolve.

 

E vilões:

Esse, juiz, é corrupto.

Esse juiz é corrupto.

 

Ela pode ser a solução:

Vamos perder, nada foi resolvido.

Vamos perder nada, foi resolvido.

 

A vírgula muda uma opinião:

Não queremos saber.

Não, queremos saber.

 

A vírgula pode condenar ou salvar:

Não tenha clemência!

Não, tenha clemência!

 

Uma vírgula muda tudo.

 

Recebido por e-mail; Autor não identificado

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 23:23

Julho 29 2010

 

 

http://www.youtube.com/watch?v=8h_1w3Lry3c

 

 

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 07:10
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Julho 28 2010

 

 

Prezadas Autoridades Elistas,

prezados membros elistas:

 

Com enorme satisfação esta Presidência vem informá-los que o Projecto de Lei nº 5566/2009, de autoria do Deputado Federal pelo Estado do Paraná, Luiz Carlos Hauly, em tramitação no Congresso Nacional, estabelecendo a inclusão do dia 8 de Agosto (Dia do Elismo) no Calendário Nacional de Datas Comemorativas, já está no Senado Federal. Ressalto que a solicitação foi feita pelo Presidente do Conselho Superior Consultivo do Elos Internacional da Comunidade Lusíada, CE Máximo Gonzales Donoso, pela Vice-Presidente do Elos Internacional para América do Sul, CE Maria Inês Botelho, pela Governadora do Distrito Elista-4, CE Martha Francisca Scripes e pela Presidente do Elos Clube de Londrina (PR-BR), CE Maria Aparecida Machado Frigeri, no ano de 2009, em nome do Elos Internacional da Comunidade Lusíada, quando da comemoração do "Ano do Jubileu de Ouro do Movimento Elista".

 

Logo teremos a data de 8 de Agosto (marcante para todos os elistas) sendo comemorada sob Lei Federal, conforme pode ser constatado através de documento advindo do Gabinete do Deputado Luiz Carlos Hauly e a nós enviado pela CE Martha Francisca Scripes, membro do Elos Clube de Londrina (PR-BR) e ex-Governadora do DE-4 (Regiões Norte e Noroeste do Paraná-Brasil).

 

É preciso que agradeçamos a exitosa actuação do Deputado Federal Luiz Carlos Hauly em prol do Elismo. Estabeleçamos, pois, essa corrente.

 

O e-mail deve ser enviado em nome do Deputado Federal Luiz Carlos Hauly para o endereço eletrônico : lucianaffurtado@gmail.com

 

Saudações elistas

 

CE Maria Inês Botelho-PRESINT

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 19:10
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Julho 28 2010

 Diálogo em Tempo de Escombros

 

Título: DIÁLOGO EM TEMPO DE ESCOMBROS

Autores: D. Manuel Clemente e José Manuel Fernandes

Editora: Pedra da Lua

Edição: 1ª, Abril de 2010

 

 

Da contracapa se extrai que se trata da busca do sentido dos dias que passam.

 

Entrevista sem prazo na qual o jornalista (agnóstico confesso) começa por identificar as questões para que gostaria de obter respostas:

 

• A última década foi, para Portugal, uma década perdida?

• Podemos ter esperança no futuro?

• Como portugueses, temos “medo de existir” ou temos “História a mais”?

• Que papel tem a Igreja Católica hoje em Portugal e no mundo?

• No centenário da República, que balanço das relações entre o Estado e a Igreja?

• Será que vivemos tempos de novos ateísmos e de novos anticlericalismos?

• Bento XVI tem sido o Papa de que a Igreja e o mundo necessitavam?

 

A segunda parte do livro é preenchida com as respostas com que o Bispo do Porto nos presenteia. A erudição não apanha o leitor desprevenido; o que surpreende é a simplicidade da exposição, típica de quem pisa o chão dos comuns, nada a ver com discursos distantes e frios de cátedras inacessíveis.

 

A terceira parte contém uma troca de cartas entre o entrevistador e o entrevistado que servem para aprofundar algumas questões. Se continuei a não ficar surpreendido com as magníficas «lições» de D. Manuel Clemente, tenho aqui que reconhecer o modo elegante, sóbrio e profundo como José Manuel Fernandes aborda as questões e a sinceridade que ab initio evidencia; mostra estar perfeitamente “à altura”.

 

Não tenciono contar aqui o conteúdo essencial do livro mas não resisto a algumas citações.

 

À pergunta inicial – A última década foi, para Portugal, uma década perdida? – D. Manuel Clemente começa por responder com uma afirmação que deixa o leitor desprevenido como que “pregado ao chão”: «Portugal só é viável fora ou para fora de si mesmo». E a partir daqui desenvolve um raciocínio que deslumbra qualquer economista. Notemos que nem todos os economistas deslumbram Bispos...

 

A páginas tantas (na 47), identifica a causa dos nossos males actuais:

 

«A pós-modernidade retraiu-nos mais na subjectividade e no individualismo, (...) em parte pela falência das ideologias que prometiam a resolução de todo o tipo de problemas a partir de ideias únicas, impostas a todos. A partir dos anos oitenta do século XX, foram mais difíceis as mobilizações, a não ser para reivindicar precisamente a ruptura com o que foi geracionalmente transmitido e aceite: daí a voga das causas fracturantes, daí a deriva libertária do liberalismo, que não se legitima a não ser a partir do que cada um queira, sem mais explicações. Acaba por ser outra “ideologia” de tipo contracultural, que durará ainda. Junta-se naturalmente o prazer imediato como “justificação” e a possibilidade material de o obter como “objectivo”, mesmo a todo o custo.»

 

E mais não conto para ter a certeza de que não estrago a leitura integral de livro tão bom.

 

Nota final: se o Prefácio fosse Posfácio, o leitor havia de perceber mais rapidamente o que José Tolentino Mendonça significa.

 

Julho de 2010

 

Henrique Salles da Fonseca

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 16:25
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Julho 27 2010

 

 

A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos. Mas ricos sem riqueza.

 

Na realidade, melhor seria chamá-los não de ricos mas de endinheirados.

 

Rico é quem possui meios de produção. Rico é quem gera dinheiro e dá emprego.

 

Endinheirado é quem simplesmente tem dinheiro, ou que pensa que tem. Porque, na realidade, o dinheiro é que o tem a ele.

 

A verdade é esta: são demasiado pobres os nossos "ricos". Aquilo que têm, não detêm. Pior: aquilo que exibem como seu, é propriedade de outros. É produto de roubo e de negociatas.

 

Não podem, porém, estes nossos endinheirados usufruir em tranquilidade de tudo quanto roubaram. Vivem na obsessão de poderem ser roubados. Necessitavam de forças policiais à altura. Mas forças policiais à altura acabariam por lançá-los a eles próprios na cadeia. Necessitavam de uma ordem social em que houvesse poucas razões para a criminalidade.

 

Mas se eles enriqueceram foi graças a essa mesma desordem...

 

  Mia Couto

http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.nosrevista.com.br/wp-content/uploads/2009/02/mia_couto.jpg&imgrefurl=http://www.nosrevista.com.br/2009/02/20/adaptacao-de-livro-de-mia-couto-pronta-em-2009/&usg=__8Mng-XcTbm5f3SOeX1pu1hy9nMs=&h=331&w=358&sz=34&hl=pt-PT&start=0&sig2=YiE5qZqd7hAxU2OSM-wZEQ&tbnid=tlex5Io1HZWREM:&tbnh=130&tbnw=139&ei=NvNOTLTOG5DeOPKcmZoC&prev=/images%3Fq%3DMia%252BCouto%26um%3D1%26hl%3Dpt-PT%26sa%3DN%26biw%3D1003%26bih%3D574%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=301&vpy=98&dur=281&hovh=216&hovw=233&tx=134&ty=133&page=1&ndsp=17&ved=1t:429,r:1,s:0

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 15:50

Julho 26 2010

 

 

FADO MULATO, FADO TROPICAL, COQUEIROS E OLIVAIS.

TENTAMOS SEMPRE UNIR AS CULTURAS.

AMBAS COM A EMOÇÃO À FLOR DA PELE..

EM CADA FADO UMA NOTA DE SAMBA, CANÇÃO

EM CADA SAMBA O QUEIXUME DO FADO, PAIXÃO.

E TUDO COMEÇOU NO MAR.........

DAS ÁGUAS PROFUNDAS, MAR ABERTO,

APROXIMAÇÃO DOS SANGUES...

CORAÇÃO BATENDO FORTE.

MENTES A PREOCUPAR,

A CISMAR, A ESPERAR.....

UM DIA, A GRANDE VIAGEM IRIA ACABAR EM MÚSICA!

ANOS IDOS E MUITOS! MISTUROU-SE EM TERRAS BRASILEIRAS

MUITOS RITMOS

AS CANTIGAS POPULARES E O SOM DE ORIGEM AFRICANA,

OS INDÍGENAS COM SEUS CANTOS TRIBAIS E A MÚSICA ERUDITA EUROPEIA.

COMO EM UM GRANDE CALDEIRÁO MUSICAL,

OS RITMOS FORAM GERANDO OUTROS E MARCANDO HISTÓRIA.

SAMBA?? BRASIL

TANGO?? ARGENTINA

VALSA?? VIENA

FADO?? É PORTUGAL.

A PALAVRA FADO VEM DO LATIM, ”FATUM” E SIGNIFICA DESTINO.

ACREDITAR OU NÃO NO DESTINO FICA O SEU LIVRE ARBÍTRIO.

PORÉM, ACREDITAR QUE.......

“TUDO ISTO EXISTE, TUDO ISTO É TRISTE, TUDO ISTO É FADO”,

É PRECISO.

O FADO É POR EXCELÊNCIA A CANÇÃO DE PORTUGAL..

ENTRE AS MÚLTIPLAS DEFINIÇOES, ARGUMENTAÇÕES, SOMAM-SE SUPOSIÇÕES VARIADAS.

NÃO, NÃO INTERESSA SABER.. BASTA SENTIR.

QUANDO MEUS OUVIDOS RECEBEM A GUITARRA PORTUGUESA DEDILHANDO UM FADO,

UM MUNDO DE SENTIMENTOS AFLORA.

MISTO DE PAIXÃO, DOR, AMOR, TURBILHÃO DE AIS. .... AI!

QUANTOS AIS.....

AI, MOURARIA.....

COM O FADO, É PRATICAMENTE PERMITIDO SOFRER, UM SOFRER QUASE GOSTOSO, DAS LEMBRANÇAS QUE LONGE VÃO......

AS LÁGRIMAS SÃO DOCES DESLIZES DE UM CORAÇÃO QUE SENTE, E NÃO MENTE JAMAIS.

“AI, MOURARIA, DO HOMEM DO MEU ENCANTO................

DA GUITARRA A SOLUÇAR.”

SOLUÇA, SENTE.

É FACIL É ASSIM.

A GUITARRA PORTUGUESA COMEÇA MEU SONHAR......

JURO QUE TENTAREI........ NÃO CHORAR.

O FADO É IDIOMA, É O FALAR. O FADO É A VOLTA AO LUGAR.... AO MEU LUGAR.

É CANÇÃO MAGOADA... .LEMBRANDO UM MISTO DE LAR, TERRA, RAÍZES NUNCA ESQUECIDAS, SEPULTADAS. JAMAIS.

O FADO É ASSIM, MISTURA DE AMORES MIL.

POR MAIS QUE EU TENTE EXPLICAR, DEFINIR, QUAL O QUÊ!

UM SENTIMENTO CONFIRMA: O FADO É PORTUGAL MAIS QUE ISSO.

O FADO É O MEU PORTUGAL.

E ANTES QUE EU ME ESQUEÇA, IMPOSSÍVEL NÃO NOTAR, POR MAIS QUE EU TENTE, O FADO FAZ DA MINHA PROSA UM POEMA. NÃO CONSIGO PROSEAR, APENAS RIMAS DE AMOR AO FADO VEM ME LEMBRAR QUE O FADO É FONTE DE INSPIRAÇÃO, AMORES E DORES.

SE NEM ÀS PAREDES CONFESSO, OUSO DIZER SEM ENFADO

NÃO FALEM, NEM PISQUEM

“SILÊNCIO!!! VAI-SE CANTAR UM FADO!”

 

 ANA Maria Miranda LUNA

Elos Clube Eça de Queiroz, São Paulo, Brasil

 

• 1º Prémio do Concurso Literário Elos Clube de Faro "O FADO É PORTUGAL, Grupo II, Modalidade PROSA

 

 http://www.youtube.com/watch?v=Ui2zIM8FWS4

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 08:42
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