Título: Cristóvão Cólon era Português
Autores: Manuel Luciano da Silva / Sílvia Jorge da Silva
Editor: QUIDNOVI – Editora e Distribuidora, Lda.
Edição: 2ª, Junho de 2006
Se se perguntar a um português letrado quem foi Salvador Fernandes Zarco, muito provavelmente a resposta será: - Não sei. Mas se se fizer a pergunta a um português inculto, não faltarão as tentativas de invenção de resposta afirmativa que poderão variar entre idílica personagem de telenovela ou algum herói do futebol.
E qual a razão para tanta ignorância? É simples: aos ignorantes importa dar a entender sabedoria; aos letrados há que desculpar a defeituosa instrução que lhes foi dada logo na Instrução Primária.
Nascido na Cuba, filho bastardo do primeiro Duque de Beja e portanto meio-irmão do Rei D. Manuel I, neto de João Gonçalves Zarco, o nosso Ensino Oficial insiste em chamá-lo em conformidade com o lobby italiano, o mesmo é dizer espanhol: Cristóvão Colombo.
Profusamente demonstrada a tese da portugalidade do oficialmente reconhecido descobridor da América, acham os Autores que é chegado o momento de se proceder à prova final e irrefutável comparando o ADN de D. Manuel I e o do navegador. Resta saber se Espanha não vai desenvolver as suas habituais manobras mais ou menos diplomáticas e mais ou menos tauromáquicas para impedir que se reescreva a História retirando-lhe alguns dos méritos que ela tanto gosta de se atribuir. E como Espanha considera que tudo o que favoreça Portugal a desfavorece no seu prestígio imperial, há que insistir no nome Colombo e manter apagado qualquer vestígio português.
Só que essa vontade castelhana não nos deve impedir a nós, portugueses, de tratarmos o assunto com verdade: o navegador que «descobriu» a América era português e chamava-se Salvador Fernandes Zarco.
Mas o assunto não fica por aqui: não há notícia de quem efectivamente descobriu a América pois em 1424 um veneziano cartografou o Atlântico norte tomando como base as informações que recolheu em Lisboa e essa carta encontra-se actualmente na Biblioteca da Universidade do Minnesota. Quem foi o primeiro europeu que avistou o continente americano depois de ter cruzado o Oceano Atlântico? Alguém levou esse segredo para a tumba mas do que não restam dúvidas é de que ou foi um português ou alguém de outra nacionalidade ao serviço de Portugal. As provas abundam neste livro de leitura ávida.
Mais ainda: a Pedra de Dighton exibe a data de 1511 e a assinatura de Miguel Corte Real pelo que Américo Vespucio é creditado de mérito alheio que em boa verdade cabe aos portugueses de Tavira.
Pedra de Dighton
Dera-se em tempos a circunstância de D. João II «pedir» à família Costa – frequentadora da sua Corte – que fosse para Tavira a fim de ali assegurar o cumprimento das determinações régias. E como essa família vinha da Corte do Rei, os locais passaram a chamar-lhes de Corte Real.
Em defesa dos interesses de quem acedia tão voluntariosamente a um «pedido» real, o monarca atribuiu-lhes várias propriedades na região circundante da cidade sendo que uma delas incluía uma antiga passagem para gados transumantes, uma canada. Daí, o nome da propriedade que nos dias actuais é sede da Freguesia de Canada no Concelho de Tavira. Daí, o nome que os irmãos Corte Real atribuíram à região que hoje, em virtude do sotaque francês, conhecemos por Canadá.
Livro cheio de provas, é de leitura obrigatória para todos os portugueses, políticos europeístas incluídos.
Ou seja, está na hora de reescrever a História, a começar pela que ministramos no Ensino Oficial. Por que esperamos? Que sejam os espanhóis ou a União Europeia a darem-nos autorização?
Henrique Salles da Fonseca