Elos Clube de Tavira

Junho 11 2010

 

 

1. ÉTICA, O QUE É?

 

Moral é a questão dos princípios; Ética, a dos factos.

 

Para Aristóteles era a virtude implícita nos costumes; para Espinosa, a conformidade com as leis eternas, as da Natureza, com a determinação divina; para Kant era o dever e para Hegel a obediência. Hegel foi mesmo ao ponto de afirmar que a ética não resulta de um contrato social mas sim de um crescimento natural que surge na família e culmina, no plano histórico e político, no Estado. A história do mundo – escreveu ele – consiste em disciplinar a vontade natural incontrolada, conduzi-la à obediência de um princípio universal e, nesse enquadramento, facilitar a liberdade individual.

 

Ou seja, estamos perante um conceito do comportamento social conforme aos costumes virtuosos, às leis naturais, à Fé, ao voluntarismo e à disciplina.

 

Mas há uma outra fonte que actualmente não podemos ignorar: a razão. Nesta circunstância é de esperar que a ética assente no pensamento racional. E como este varia consoante a sociedade de que emana e da época em que é gerado, temos que reconhecer a ética como um valor relativo, não absoluto nem definitivo.

 

Eis como podemos e devemos conceber uma Ética Lusófona para o séc. XXI. Podemos pelas razões referidas; devemos porque a isso nos obriga a História.

 

(continua)

 

Henrique Salles da Fonseca

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 11:34
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