Elos Clube de Tavira

Fevereiro 02 2011

A distinção sistemática entre as humanidades e as ciências naturais – sugerindo que as primeiras são exercícios alargados e trans-históricos da sabedoria a que habitualmente chamamos de senso comum – criou um fosso que importa conhecer. De facto, durante o século XX as «ciências humanas» entraram em crise porque as ciências naturais invadiram ostensivamente o seu território daí levando a que as pessoas atirassem fora os conceitos humanistas ao abrigo dos quais o senso comum é compreendido e organizado.

 

O humanismo foi, pois, despejado para a latrina como qualquer resíduo inútil típico duma cosmovisão desaparecida.

 

Como o senso comum cai por terra quando não apoiado pela reflexão, o resultado é a perda de significado; um vazio moral, para dentro do qual fomos levados logo que nos rendemos aos falsos deuses que são o dinheiro, o consumismo e a hiper-liberdade, ou seja, a libertinagem.

 

Lisboa, Fevereiro de 2011

 

Bragança_2007-1.jpg Henrique Salles da Fonseca

 

BIBLIOGRAFIA:

Roger Scruton – BREVE HISTÓRIA DA FILOSOFIA MODERNA – Guerra e Paz Editores, SA, 1ª edição (Junho de 2010)

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 17:12
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