Elos Clube de Tavira

Fevereiro 23 2011

 

ELOS C.DE TAVIRA EM ASSEMBLEIA GERAL

 CE Maria Isabel Dias Presidente da Direcção para 2011

CE Salles da Fonseca despediu-se dos elistas de Tavira

Mensagem da CE Mª.Inês Botelho, Presidente Internacional

 

 

A 20 de Fevereiro, num rutilante dia de sol que veio amenizar o rigoroso inverno a que o Algarve tem assistido, o Elos Clube de Tavira promoveu uma reunião/convívio e almoço, no Hotel Vila Galé/Albacora, uma magnífica unidade hoteleira instalada à beira da Ria Formosa, em Tavira.

Convocada pelo Presidente da Mesa, CE Luís M. de Mello e Horta, ali reuniu pelas 14.30 H a Assembleia Geral, registando o convívio/almoço cerca de quarenta presenças e a assembleia vinte e quatro elistas.

Da Ordem dos trabalhos continha dois temas.

1 – A apreciação do Relatório e Contas da gestão de 2010 e  parecer do Conselho Fiscal.

2 – Substituição do Presidente do Elos C. de Tavira, CE Salles da Fonseca que pediu escusa de completar um segundo ano de mandato.

No primeiro ponto, após a distribuição dos documentos relativos à gestão, cuja explicação foi dada pela CE Maria Isabel Dias e seguida atentamente, também o Presidente do Conselho Fiscal, CE Vasco Vieira da Motta se manifestou, lendo o relatório deste órgão e propondo a aprovação das Contas, juntamente com um voto de louvor à Direcção pela cuidadosa gestão.

As contas e o voto de louvor foram aprovados por unanimidade.

****

Relativamente ao segundo ponto, o Presidente da AG explicou aos presentes a tomada de decisão do CE Salles da Fonseca, que iria tomar posse no Elos Clube de Lisboa,  cidade onde reside.

Assim, tinha convocado os restantes órgãos sociais para uma reunião, onde, por unanimidade, havia sido decidido manter o elenco directivo em funcionamento, com os ajustamentos necessários. Dessa forma, a Vice-Presidente CE Marisa Isabel Dias assumiria o lugar de Presidente, mantendo-se todos os restantes elementos directivos nos seus cargos.

Tal resolução, segundo o CE Luís Horta, careceria de aprovação em assembleia-geral.

A proposta foi aprovada por unanimidade.

Para não coarctar a sequência das actividades em curso para 2011 e no entendimento de que um mandato anual é sempre insuficiente para desenvolver um bom trabalho, esta solução, disse e Presidente da AG, tornava-se mais adequada ao momento.

Foi depois lida uma carta do CE Henrique Salles da Fonseca que, não podendo estar presente, se despedia do Clube, com palavras de “confiança no futuro de Tavira que tem a apoiá-la uma plêiade de cidadãos conscientes da sua missão”.

A Assembleia encerrou com a leitura pelo Presidente da AG de uma extraordinária mensagem da CE Maria Inês Botelho, Presidente Internacional, referindo no seu final  que “Viver intensamente o Elismo e aprofundar as raízes dos Princípios do Humanismo Lusíada na comunidade favorecem o desabrochar e a permanência do amor inconteste è vida em comunhão”.

A sessão terminou com a saudação às bandeiras

publicado por Elos Clube de Tavira às 15:04

Fevereiro 22 2011

 

 

TAVIRA E A RIA FORMOSA NO FUTURO

 

I INTRODUÇÃO

 

•1-Grande parte do futuro depende de nós

•2-Tavira foi importante quando teve actividades marítimas e produtivas

•3-O Turismo, que é a actividade económica cuja função distribuição consiste em trazer o cliente ao produto, só atinge os seus objectivos plenos se houver elevado valor acrescentado local.

•4-Para haver desenvolvimento sustentado, que o não seja pelo OGE, é essencial que toda a população esteja incluída tanto no esforço a realizar como nos ganhos a obter e ainda para evitar o neo-colonialismo que beneficia interesses exteriores e prejudica os locais.

•5-Os projectos que vão ser apresentados não serão certamente todos os possíveis ou até desejáveis mas servirão de base para o debate de forma a se poder definir um conjunto que possa constituir um plano de realizações para os próximos anos e a começar já, pois a crise que atravessamos não consente delongas ou hesitações

 

II CONDICIONAMENTOS


•1-A protecção das margens nunca deverá ser realizada usando materiais pesados como pedra ou betão e sempre por meio de estacas de madeira ou estacas-pranchae as rampas de acesso de embarcações construídas em terra batida.

•2-Deve resumir-se ao essencial o trânsito de viaturas através do sapal e de preferência em vias ao longo do rio ficando as zonas do sapal para uso exclusivo das salinas, dos viveiros e doutras actividades aprovadas e dos pteroscopistas que obterão em local próprio o bilhete para acesso.

•3-A deslocação de embarcações e o estacionamento destas na Ria e no Rio terão condicionamentos quanto à velocidade máxima permitida e para estacionamento nos vários locais devidamente assinalados.

 

•4-Pesca desportiva na Ria e no Rio só será permitida com devolução do pescado à água e a caça submarina é totalmente proibida bem como a apanha de bivalves. Só os profissionais devidamente autorizados poderão pescar e apanhar bivalves de acordo com as disposições existentes.

•5-Todos os postos de atracação existentes e a instalar deverão pagar uma taxa dependente da dimensão da embarcação e da natureza da actividade de forma a contribuir para a manutenção da Ria e do Rio, dentro da linha do utilizador-pagador

•6-Os investimentos nos postos de atracação e nos apoios locais deverão ser realizados por concessionários privados de acordo com normas a estabelecer oportunamente pelas autoridades conjuntas –Autarquia, Ria Formosa-IPTMe outras, não podendo aceitar-se qualquer entrave ou atraso quando este programa é essencial para criar postos de trabalho.

•7-O que for realizado na zona do Rio Gilão no centro da cidade terá que ter em conta a possibilidade de cheias mesmo que se consiga melhorar as condições da bacia hidrográfica o que se sabe ser difícil.

•8-Todos os projectos deverão permitir o seu uso durante todo o ano e serem capazes de interessar toda a população a participar activamente neles de forma a eliminar ou pelo menos reduzir muito a actual taxa de sazonalidade e assim criar mais postos de trabalho de carácter permanente.

•9-A programação deverá considerar o facto de o Algarve ter aptidão para turismo de Inverno, e foi assim que ele nasceu, e não concentrar tudo no Verão pois as motivações dos clientes potenciais são completamente diferentes e não devem ser esquecidas.

•10-Necessidade de corrigir os assoreamentos em geral, fundamentais para manter a qualidade da Ria, e em particular os provocados pelas obras de construção dos molhes da barra.

•11-Mudança de local da instalação de recepção das areias dragadas

 

 III ACTIVIDADES A DESENVOLVER

 

•1-Náutica de recreio (vela, remo, motor) - praticantes amadores

•2-idem –desporto de competição

•3 -idem –profissionais

•4-Pesca desportiva -praticantes

•5-idem-profissionais e pesca artesanal

•6-Serviços de apoio à náutica

•7-Mergulho sem captura

•8-Náutica de modelos reduzidos (lazer e educação)

•9-Centro interpretativo das navegações portuguesas e tavirenses

•10-Pteroscopia

•11-Produção agrícola (em particular regadio)

•12-Caça

•13-Passeios na serra e em percursos de arte

•14-Espectáculos multimédia nocturnos no centro, no rio

•15-Produção industrial e artesanal ligada às actividades locais

•16-Pintura e gravura

•17-Estabelecimento de empresas para actividades do tipo da informática que não necessitam de movimentação de matérias prima e de produtos, dando facilidades para obtenção de terrenos apropriados.

•18-Gastronomia típica

 

 

1-Projecto: Porto de Pesca

Em início de construção

2-Projecto: Porto de recreio de Santa Luzia

 

A instalar ao longo da muralha, constituído por “fingers” flutuantes, ficando as embarcações de maiores dimensões na parte exterior (e colocadas paralelamente àquela) de forma a diminuir a profundidade das dragagens junto da muralha. Deverá ser necessário haver várias portas de acesso controlado aos postos de amarração e uma unidade de apoio e de escritório flutuante na zona central. A movimentação entre os postos de amarração será feita por um passadiço flutuante ao longo da muralha.

 

3-Projecto: Porto de recreio 4 Águas

Existe actualmente um projecto de que não tenho conhecimento pormenorizado do seu conteúdo nem da fase em que está de desenvolvimento. Se ainda for possível deveria adaptar-se aos condicionamentos e princípios enunciados e propiciar aos clubes ali instalados a qualidade e a dimensão que conviria tivessem.

Também convém recordar a existência de terrenos de propriedade privada nesta área, onde em tempos houve um projecto imobiliário que não foi autorizado, e que, diga-se de passagem, eu fiz parte dos que o combateram por ter como certo não obedecer aos princípios que defendo. No entanto há que respeitar os direitos dos proprietários desde que sejam preservados a qualidade e a defesa contra impactos excessivos e possa ser uma mais valia para a cidade.

Há que rever o sistema de acesso à Ilha de forma a evitar o excesso de viaturas estacionadas nesta zona e que deveria ser preferencialmente para os utentes dos portos de recreio e dos restaurantes.

 

4-Projecto: Porto de recreio do Forte de Santo António

Esta foi a zona mais afectada pelo assoreamento causado pelas obras dos molhes da barra pelo que se admite ter que haver uma correcção prévia que restabeleça o perfil original.

Este porto destina-se principalmente às embarcações de maior porte e às que pretendem apenas fazer escalas curtas uma vez que têm comunicação directa com o mar.

A dimensão convirá ser da ordem dos 400 postos de amarração mas o número exacto terá que ser calculado dependendo dos volumes a retirar e dos limites a respeitar no lado da Ria.

As instalações de apoio deverão ser flutuantes de forma a evitar construções em terra, e pressupõe o aproveitamento do forte para utilização turística ligada ao porto.

O indispensável estacionamento de viaturas dos utilizadores do porto deverá ser coberto para protecção contra o sol mas também para evitar a poluição visual resultante da exposição daquelas.

O acesso por terra será o mesmo do Hotel e portanto sujeito às considerações atrás apresentadas.

 

5-Projecto: Porto de recreio de Cabanas

O esquema a seguir é idêntico ao de Santa Luzia no que respeita ao porto de recreio apenas tendo que ser complementado com uma ponte de ligação à praia a ser colocada na ponta nascente da povoação e dotada de ponte levadiça do tipo da de Santa Luzia mas mais moderna e maior.

 

6-Projectos: Rio Gilão-zona no centro da cidade

Criação de um esquema de retenção por meio de uma barragem que permita ter sempre um nível da água mínimo de cerca de 2m, que tenha uma passagem para peões entre as duas margens de forma a haver uma circulação pedonal à volta do rio e construída de tal modo que em caso de cheia não crie qualquer impedimento à passagem das águas.

Aí haverá um cais apropriado flutuante e com todas as condições de segurança para permitir o acesso de crianças que possam pôr a flutuar pequenas embarcações telecomandadas e assim desenvolverem o seu interesse pela náutica e pela construção naval, devendo criar-se nas escolas ou nos clubes centros de ensino destas matérias.

A possível utilização deste espaço para navegar em pequenas embarcações ou “gaivotas” tem que ser equacionada tendo em vista que a profundidade normal equivale a fora de pé e portanto há a considerar questões de segurança como o uso de coletes pelos seus utentes.

Este espaço poderá também ser usado para espectáculos nocturnos

de multimédia

 

7-Projectos: Rio Gilão-zona a jusante da ligação pedonal

-Aproveitamento da rampa existente para entrada e saída de embarcações

-Definição do projecto que parece haver ou ter havido para construir em terreno privado um porto de recreio com imobiliário se obedecer ás regras de qualidade devidas

-Estudar-se a possibilidade de construir na área intermédia uma réplica de uma zona portuária do século XVI de forma a dotar esta zona de atractivos permanentes para turistas e residentes

 

8-Projectos: Centro da cidade

 

-Centro interpretativo das navegações a estabelecer numa parte de edifício com cerca de 200m2 ou mais onde fique expresso o valor das navegações portuguesas e tavirenses e dos principais navios usados, baseado nas novas tecnologias

-Melhorar os estacionamentos à volta do centro de forma a permitir recuperá-lo compensando as perdas resultantes da criação do centro comercial com o desenvolvimento de mais motivações culturais e gastronómicas permanentes

 

9-Projecto: Rio Gilão

-Protecção das margens de forma a que o trânsito das embarcações não as destrua e possibilite a melhoria dos acessos aos destinos de ambas as margens diminuindo os estragos provocados aos sapais e aumentando a segurança neste troço do rio.

-Alteração dos acessos atrás indicados prevendo-se também a adopção de um transporte ferroviário de via reduzida para os utentes da praia da Ilha sem utilização de viatura própria.

 

10-Projecto: Pteroscopia Os sapais de Tavira tem enorme riqueza no que se refere a aves indígenas e de passagem e embora até este momento não tenha havido notícia de perturbações temos que prever que elas surgirão fatalmente com a intensificação de actividades nestas áreas, mesmo que sejam possivelmente pequenas. Mas não parece sensato arriscar qualquer perturbação que poderá destruir esta riqueza que só podemos preservar mas não corrigir erros irreparáveis. Por outro lado temos o exemplo da Reserva de Zwinna Bélgica com cerca de 150 há que é gerida de forma autónoma acumulando as visitas dos pteroscopistas com trabalho de investigação e de tratamento de aves doentes ou traumatizadas. Assim propõe-se a criação de uma entidade, se possível e muito desejável, ligada à Universidade que detenha a responsabilidade pela gestão das Reserva cobrando obviamente pelas entradas e zelando pelas condições que deverão existir quanto à forma dos visitantes poderem ver e fotografar as aves e ainda por tudo o que está implícito na gestão duma reserva deste tipo.

 

11-Projecto: Recifes artificiais e barcos afundados

A ideia de estabelecer na costa algarvia recifes artificiais teria surgido, de acordo com a minha experiência pessoal algures por volta de 1982 com origem no antigo INIP de que era director o Cte Ataíde e que foi muito aplaudida pelo Director da WhiteFishAuctorityde Inglaterra numa visita que então fez ao Algarve pelas vantagens que tal iniciativa teria não só na protecção dos fundos mas principalmente no aumento dos stocks de peixes típicos destes fundos, como por exemplo dos pargos, que têm grande valor. E além disto que propícia o mergulho para ver e fotografar. O afundamento de barcos, devidamente preparados, ainda reforça o interesse para o mergulho.

Este projecto tem que ser negociado com o INP pois é dele a competência mas naturalmente o financiamento já terá que ser complementado possivelmente até a 100% dadas as circunstâncias conhecidas.

 

José Carlos Gonçalves Viana

publicado por Elos Clube de Tavira às 19:06

Fevereiro 21 2011

  (*)

 

 

João Villaret foi um grande actor e um inigualável declamador, que enchia as salas de espectáculos declamando poesia e falando de poetas, sem nunca olhar para um papel.

 

Faleceu no dia 21 de Janeiro de 1961, portanto há 50 anos.

 

Alguém se lembrou de criar um site dedicado a ele. Conta ainda com pouca coisa, mas merece ser visitado e, claro, ouvido.

 

Sugiro, para começar, alguns curtinhos.

 

Mas, claro, ouvi-los todos é fantástico.

 

Aceda a: http://jvillaret.com.sapo.pt/

 

– Adivinha

– Balada da neve

– Fado falado

– Liberdade

– O menino de sua mãe

 

E o incontornável...

 

– Cântico negro

 

Consta que após a leitura deste último poema, no Teatro de S. Luís, recebeu uma ovação ininterrupta de perto de 30 minutos, que constitui ainda hoje um recorde nacional em qualquer tipo de espectáculo.

 

 

(*)https://farm4.static.flickr.com/2403/2231396176_cc9fecea7d.jpg?v=0

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 09:42
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Fevereiro 20 2011

Na ausência de justiça, o que é a soberania senão o roubo organizado?

 (*)

Santo Agostinho

 

Aurélio Agostinho de Hipona (Tagaste, 13 de Novembro de 354 - Hipona, 28 de Agosto  de 430), foi bispo, escritor, teólogo, filósoo,  Padre latino e Doutor da Igreja Católica.

Agostinho é uma das figuras mais importantes no desenvolvimento do cristianismo no Ocidente. Nos seus primeiros anos, Agostinho foi fortemente influenciado pelo maniqueísmo e pelo neoplatonismo de Plotino mas depois de se converter ao cristianismo (387), desenvolveu a sua própria abordagem sobre filosofia e teologia e uma variedade de métodos e perspectivas diferentes.

 

(para saber mais, consultar Wikipédia)

 

(*)http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://reporterdecristo.com/wp-content/uploads/2010/10/santo-agostinho.jpg&imgrefurl=http://reporterdecristo.com/santo-agostinho-bispo-de-hipona-%25C2%25ABsobre-a-ressurreicao-de-cristo-segundo-sao-marcos%25C2%25BB/&usg=__WSHEA9ksRWtOZDKCI1QNg8Ag6n8=&h=275&w=275&sz=25&hl=pt-pt&start=0&zoom=1&tbnid=ghvIFl4i3MDJ7M:&tbnh=161&tbnw=155&ei=iV1gTbeUPMWCswbqrPS4CA&prev=/images%3Fq%3DSanto%252BAgostinho%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1021%26bih%3D681%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=260&vpy=278&dur=140&hovh=220&hovw=220&tx=132&ty=117&oei=iV1gTbeUPMWCswbqrPS4CA&page=1&ndsp=17&ved=1t:429,r:6,s:0

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 00:07
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Fevereiro 19 2011

  (*)

 

 Glória Marreiros

 

ERA NOVA

 

Desponta a Primavera, em meu regaço,

Com odores de vida e de esperança.

As andorinhas trazem confiança

À magia do sonho, onde me enlaço.

 

Partiu o melancólico cansaço

Que eu trazia, de outrora, como herança.

Agora as madressilvas são pujança,

Em braçadas de luz no meu espaço.

 

Açudes, onde a água é cristalina

Lavam tempos antigos, outra sina,

Regam o despertador da nova era.

 

O tempo que vivi não volta mais,

Mas voltam rosas brancas nos beirais,

E volta, em cada ano, a Primavera!

 

 _____________________________________________________________________

 

Maria da Glória Duarte Marreiros José nasceu em Monchique onde passou a infância e parte da juventude, mas viria a fixar a sua residência em Portimão.

A forma dos seus poemas envolve melodias que não ferem, antes encantam os sentidos em névoa de sonhos que convidam à observação da natureza e das belezas que ela contém. Em 1988 publicou o seu primeiro livro “Rochedo de Solidão”, continuando a produzir poesia, que dispersou por vários jornais e concorrendo a muitos certames literários. Mas continuou também a publicar livros onde reuniu os seus poemas. Casos de “Dançar na Tempestade”(1993), “Embalar a Mágoa”(1996), “Silêncio do Riso”(1998), “Terra de Ninguém”(2004), “Emoções em Terra Doce”(2008) e “Bailados Secretos em Noite de Luz”(2009).

Com o seu livro “Colar de Pérolas” (2006), ganhou o Prémio Literário Paul Harris, em concurso no âmbito dos países de língua portuguesa.

 

 Luís Horta

Presidente da Mesa da Assembleia Geral do

Elos Clube de Tavira

 

(*)http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.joaquimevonio.com/espaco/gloria_marreiros/Gloria-9.jpg&imgrefurl=http://www.joaquimevonio.com/espaco/gloria_marreiros/gloriamarreiros.html&usg=__CZBnAOriiHGDh8iCgKu6VokQf98=&h=953&w=740&sz=118&hl=pt-pt&start=0&zoom=1&tbnid=AXi9eUN0x9Q5oM:&tbnh=127&tbnw=97&ei=b4JfTfrzOILh4wb6pu3VCQ&prev=/images%3Fq%3DGl%25C3%25B3ria%252BMarreiros%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1007%26bih%3D681%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=117&vpy=41&dur=281&hovh=255&hovw=198&tx=115&ty=118&oei=9YFfTYuNA9TogAff9si4AQ&page=1&ndsp=20&ved=1t:429,r:0,s:0

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 08:30

Fevereiro 18 2011

 

Andorinha em Latitude Zeroº - Rota Ingoré

 

Introdução:

 

Em Setembro de 2000, os líderes mundiais reuniram-se para a Cimeira do Milénio nas Nações Unidas e estabeleceram Oito Objectivos de Desenvolvimento do Milénio (ODMs). Lisboa, em 2006, foi a anfitriã da Conferencia Europeia “8 Caminhos para mudar o Mundo” que devem ser atingidos até 2015.

 

Eis os 8 Objectivos:

 

1. Erradicar a fome e a pobreza extremas

2. Completar a educação primária a nível universal

3. Promover a igualdade dos géneros e implementar o poder das mulheres

4. Reduzir a taxa de mortalidade infantil

5. Desenvolver os cuidados de saúde maternos

6. Combater o Hiv/Sida, a malária e outras doenças

7. Assegurar a sustentabilidade ambiental

8. Desenvolver uma parceria global para o desenvolvimento

 

Estes objectivos recobrem muitos daqueles que o evento Latitude Zero – Equatorial Challenge se propôs nas suas anteriores edições.

 

… a grande bandeira do Rota Ingoré é, em coerência com a filosofia habitual, o transporte – a médio prazo – de uma escola pré-fabricada e respectivo equipamento...

 

1. Objectivos da Rota Ingoré:

 

Percorrer a Guiné-Bissau, de Norte a Sul, visitando pequenas aldeolas isoladas onde existam missões religiosas, ou não, constituídas por voluntários portugueses.

Visamos:

• Contribuir para a promoção da Língua Portuguesa, como factor de união entre todos os povos da CPLP: serão ofertados pequenos conjuntos de livros de instrução primária.

• Dar visibilidade ao ignorado esforço destas populações pelo progresso económico, social e cultural.

• Dar testemunho do contributo de Portugal para o diálogo entre culturas, em zona de intensíssimo contacto com a África francófona.

• Contribuir para a promoção da mulher Guineense, em projectos de desenvolvimento local integrado, sendo portadores de apoios à agricultura – sementes, agro - químicos, instrumentos e ferramentas agrícolas e manuais básicos de agricultura.

• Realizar a expedição com um balanço nulo de emissões de CO2. As sementes transportadas permitirão a promoção da agricultura local e simultaneamente a absorção de CO2 emitido.

• Por último, contribuir para a divulgação do trabalho de voluntariado, realizado por tantos e tantos portugueses, junto destas populações desfavorecidas.

 

2. O percurso:

 

Bissau – Canchungo – Ilha de Pecixe – S. Domingos – Ingoré – Bafatá – Bambadinca – Gabú – Boé – Catió – Tombali – Quinhamel – Bissau.

 

3. Contingências

 

1. Zonas de conflito e tensão (Casamansa) a norte da Guiné-Bissau.

2. Instabilidade política

 

É neste âmbito que a Bankada Andorinha e os respectivos projectos, de promoção da Língua Portuguesa e da Cultura em Língua Portuguesa, serão visitados em Canchungo, com o seguinte programa:

 

Dia 24 de Fevereiro (quinta-feira):

15h30 – Comité de Estado – cumprimentos ao Administrador de Sector, Faustino Paulo Mango

16h00 – Visita à Rádio Babok

16h30 – Passagem pelo Liceu Regional Hô Chi Minh – cumprimentos a Marcolino Vasconcelos, co-autor do programa radiofónico Andorinha

17h00 – Visita a Bankada Andorinha no Centro de Desenvolvimento Educativo – oferta de obras

18h30 – Visita à COAJOQ – Cooperativa Agro-Pecuária de Jovens Quadros

20h00 – Rádio Comunitária Uler A Baand: participação no programa Andorinha Instalação da expedição na COAJOQ

 

Dia 25 de Fevereiro (sexta-feira):

09h00 – Visita a Escola Pública de Iniciativa Comunitária de Cabienque

10h30 – Visita a Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Tomás Nanhungue” de Tame e a uma das escolas anexas (Pencontche, Guepite, Pepas, Cabeh e Canuan)

12h30 – Escola Pública de Iniciativa Comunitária “Prof. Henrique Bamba Ferreira” de Canhobe

14h00 – Regresso a Canchungo

17h00 – Visita a Escola Prof. Antero Sampaio – homenagem a Padre José Marques Henriques Pernoitar na COAJOQ – djumbai

 

Dia 26 de Fevereiro (sábado):

08h00 – Partida para Pecixe Pernoitar na COAJOQ

 

-- Andorinha | Caixa Postal nº 1 | Canchungo | Guiné-Bissau

www.andorinhaemcanchungo.blogspot.com

 

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 09:03

Fevereiro 17 2011

 Fonseca Domingos

 Fonseca Domingos

 

EUREKA

 

Bem cedinho, no campo, fujo à cama,

Um assobio acorda a madrugada,

Persigo uma certeza, que proclama

Um rio de primavera, na alvorada

 

Um mar de luz e fogo se derrama,

Ao longe, sobre a serra incendiada,

Enquanto espreito o Sol, como quem ama,

De entre o tomilho e a urze perfumada:

 

De bruços sobre a minha terra amada,

A alma embevecida, deslumbrada,

Lembro risos difusos, na distância;

 

Na fusão do Presente e do Passado,

Sinto dentro de mim o olvidado

Paraíso perdido da infância!

 

_________________________

 

José Maria da Fonseca Domingos, (1936-2002). Natural de São João da Venda, Almancil, concelho de Loulé emigrou aos 18 anos para a Venezuela onde conheceu a obra de Ruben Dario e Alfonsina Storni. Para além disso, era admirador de Pablo Neruda e Bocage.

 

Regressado a Portugal, ingressou no Ministério da Segurança Social, trabalhando na área administrativa, mas nunca deixando de escrever.

 

Em 1987 começou a concorre regularmente a certames literários, tendo sido distinguido em Portugal e no Brasil, contando mais de duas centenas de prémios. Tem trabalhos seus em diversas colectâneas, nomeadamente nas áreas da poesia e do conto. Publicou seis livros de sonetos e outros poemas, incluindo humorísticos. Tem dois livros inéditos, um deles de contos e vários poemas na Internet. Foi membro da AJEA, ASORGAL e da AIRA (associações de jornalistas e escritores).

 

Faleceu em 09 de Dezembro de 2002, vítima de doença incurável.

 

LUís Horta.jpg Luís de Melo e Horta

Presidente da Mesa da Assembleia Geral do

Elos Clube de Tavira

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 08:57

Fevereiro 16 2011

Vimara Peres (*)

 

Notas complementares

 

1) Afinal, por que razão Galiza e Portugal nunca conseguiram reunir-se? A razão deve ser esta: o suposto descobrimento em 813 do túmulo do apóstolo Tiago (Santiago). Como se explica isto? As autoridades religiosas predominantes na Galiza, com sede em Santiago de Compostela, ensoberbaram-se e quiseram roubar a Braga o prestígio arqui-episcopal desta, por meios pouco sérios e mesmo anti-cristãos, como foi o "Pio Latrocínio" (roubo à Sé de Braga por agentes compostelanos de relíquias sagradas mais veneradas do que as do próprio 'apóstolo' -- o principal facínora foi o Bispo Gelmires). O enorme prestígio criado por Santiago de Compostela, a que acorreram sempre milhares de peregrinos, serviu os interesses do imperialismo castelhano, que sujeitou o reino de Leão/ Galiza. Portugal neste contexto não podia aspirar em chamar a si a Galiza, mas tinha de defender-se, e conseguiu, resistindo ao ímpeto imperialista de Castela, que pretendia reuni-lo a uma Galiza domada e submetida. No tempo da nossa fundação, o poder e a grandeza estavam do lado da Galiza, e o Condado Portucalense, desejoso de independência sob a chefia dum jovem príncipe, era a parte fraca, que tinha poucas probabilidades de êxito. O plano iberista de Castela, que inicialmente era um condado do Reino de Leão, surgiu cedo e prosseguiu através dos séculos até hoje, quando ainda há uns portugueses tolos e ignorantes que nele colaboram.

 

Há tempos, disseram-me que se Portugal e Galiza não estavam reunidos num só Estado, a culpa tinha sido de D. Afonso Henriques que lutara contra a sua mãe, envolvida como estava com Fernão Peres de Trava, um poderoso da Galiza compostelana. Certo e errado! Se a independência de Portugal, a Galiza do sul, não se tivesse conseguido, hoje estaríamos a falar castelhano, nação submetida, em situação cultural muito pior que a da Galiza de hoje.

 

[Recomendo a leitura do artigo do galego Alexandre Banhos "Podemos nós, os galegos da Galiza espanhola, reclamar o nome de galego para a língua comum?" Este artigo pode encontrar-se no Google.]

 

2) As nações celtas cobriam muito provavelmente a maior parte da Europa antes da dominação romana. A Gália, que Júlio César conquistou, era certamente habitada por celtas. O mesmo sucedia nas Ilhas Britânicas. A julgar somente pelos topónimos, o mesmo sucedia no ocidente da Península Ibérica (Galiza), na Polónia/Ucrânia (Galitzia) e ainda na Anatólia, actualmente a Turquia asiática, (Galácia).Todos esses povos falavam certamente línguas celtas. Onde estão hoje as nações celtas e onde se fala o celta? A Gália romanizou-se, passou a falar latim, e acabou sendo povoada pelos Francos, povo germânico. A Galiza tem apenas dos celtas uma vaga memória e fala latim. A Galitzia, tanto quanto eu sei, é apenas um nome. Agora é habitada por eslavos e fala uma língua eslava. A Galácia, como nome apenas, nem sequer sei se ainda existe. Se existe, nela se falou grego e agora se fala turco.

 

Apenas na Grã-Bretanha, ainda existe uma nação sujeita, que se diz celta e fala minoritariamente uma língua celta. É o País de Gales (Wales), cujo nome celta é Cymru, sendo o nome da língua Cymraeg. Tentei em tempos estudar um pouco esta língua para ter uma ideia dela. Essa tentativa foi breve e a ideia que me ficou da língua é que é simplesmente intragável. Pareceu-me que o Cymraeg nem sequer era língua do grupo indo-europeu. Mas é.

 

Na Irlanda, a língua celta é a língua oficial, mas muito pouco se fala. A língua da Irlanda é muito predominantemente o inglês.

 

Na Bretanha francesa (Armórica), chamada Bretanha porque para lá emigraram bretões da Grã-Bretanha, ainda subsiste muito precariamente a língua celta trazida por esses bretões. E tende a desaparecer por completo. Na Galiza ninguém fala celta, mas sim o neo-latim português (galego), desprestigiado, e o castelhano, a língua do invasor ibérico.

 

Onde eu quero chegar com este arrazoado é que os celtas, por razões que me ultrapassam a inteligência, são suicidas. Perdem a raça, perdem a língua, perdem o enorme prestígio de que gozaram. E de tal maneira, que até perdem não só a língua celta, que já não conhecem, como a língua que adquiriram como substituta. É o caso muito nítido da Galiza, nação que foi grande e prestigiosa na Alta Idade Média, e hoje sofre as penas de terra alienada e língua, o Galego, em decadência.

 

Este caso particular interessa-nos, Portugueses, sobremaneira, porque a origem da nossa nacionalidade é galega, fomos na Antiguidade também celtas, tivemos e perdemos imensos territórios espalhados pelo mundo, a nossa língua foi a língua franca no Oriente, tivemos grande prestígio internacional, e agora estamos reduzidos a uma nesga de terra, e a nossa língua está ameaçada, se bem que se mantenha no mundo como uma das línguas mais faladas, graças ao Brasil e ao Ultramar Português.

 

A acção dos nossos políticos hodiernos parece ser a de uma auto-destruição, tão denegridora tem sido da nossa História e dos nossos grandes políticos de outrora. E os Portugueses, sempre pessimistas e sempre ciosos duma hipotética grandeza, hoje voltam-se para as ingloriosas 'glórias' do futebol.

 

3) Sabe-se que o Reino de Portugal se originou no Condado Portucalense. É verdade, mas talvez pouca gente saiba que antes houvera um primeiro condado de Portucale, cujo primeiro conde fora Vimara Peres (820-873), o fundador da cidade de Guimarães (Vimaranes). Foi Vimara Peres que libertou Portucale do domínio mouro, em nome do rei galego/asturiano Afonso III, o Grande. Vimara Peres é relembrado na cidade do Porto por uma estátua equestre levantada no largo em frente da Sé do Porto.

 

[A propósito: foi nesta Sé que o Mestre de Avis, já rei D. João I de Portugal, vencida a Batalha de Aljubarrota, se casou com D. Filipa de Lencastre, a princesa inglesa, mãe da "ínclita geração"].

 

(**)

 

Também condessa de Portucale foi D. Mumadona Dias, cuja estátua comemorativa se encontra em Guimarães) entre 924 e 950, a que se deve a construção do Castelo de Guimarães, não para defesa contra os Mouros, já então expulsos, mas contra os piratas vikings que nesse tempo faziam incursões atrevidas pelo interior do território. O último conde desta dinastia foi Nuno Mendes até 1065. O Conde D. Henrique de Borgonha pai de D. Afonso Henriques foi Conde de Portucale a partir de 1096. De tudo isto, que eu só aprendo agora, concluímos que como Nação viemos da Galiza e nos podemos orgulhar de que somos os galegos modernos, livres da "Doma e Castração" que representa a hostil dominação castelhana. Peçamos a Deus que saibamos conservar forte esta liberdade nacional, por muito que pese a só cretinos e calinos.

 

Haja Deus!

 

 Joaquim Reis

 

(*)http://www.google.pt/imgres?imgurl=https://1.bp.blogspot.com/_bM_v6cSxRZI/TPX6Q9_AK2I/AAAAAAAABEk/t3hlvVzXPtc/s1600/VimaraPeres.JPG&imgrefurl=http://onossorasto.blogspot.com/2010/12/vimara-peres.html&usg=__1wtCPHqN0_z7Xy4QSsoWSLvf9_Q=&h=1024&w=680&sz=221&hl=pt-pt&start=0&zoom=1&tbnid=YZzJrQRwDFyhHM:&tbnh=126&tbnw=75&ei=U4tJTdbkDdSFswaH6sWwDw&prev=/images%3Fq%3DVimara%252BPeres%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1007%26bih%3D681%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=490&vpy=308&dur=562&hovh=276&hovw=183&tx=89&ty=145&oei=U4tJTdbkDdSFswaH6sWwDw&esq=1&page=1&ndsp=23&ved=1t:429,r:14,s:0

 

(**)http://www.rotadoromanico.com/vPT/ORomanico/PersonalidadesHistoricas/FichadePersonalidade/Paginas/MumadonaDias.aspx

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 10:06
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Fevereiro 15 2011

 (*)

Biblioteca Municipal de Tavira, "Álvaro de Campos"

 

 

 

O Elos Clube de Tavira está atento à movimentação cultural na sua cidade. Assim, dá conta de algumas iniciativas dos últimos tempos que tiveram lugar na Biblioteca Municipal Álvaro de Campos.

 

1 . Apresentação de livros

 

1.1. “A Casa da Oliveira", de Luís de Melo e Horta

 

No final do ano de 2010 teve lugar a apresentação do livro “A Casa da Oliveira”, da autoria do jornalista Luís de Melo e Horta que durante 19 anos e até 2009 foi Director do órgão regionalista local “Jornal do Sotavento”.

Presidiu à sessão o Dr. Jorge Botelho, Presidente da Câmara Municipal de Tavira e encarregou-se da apresentação o Dr. David Gonçalves Sequeira, Padre e Professor do Ensino Secundário, uma figura de relevo na cultura tavirense.

Tratava-se de uma ficção em que “As contingências sociais e económicas que envolvem, na época, a sociedade tavirense” eram tema do livro, cujo autor esclareceu que “(…) A simbologia em que a “Casa da Oliveira” se constitui como “figura principal” não dispensa, antes reforça, a importância do registo de uma família numerosa, na forma muito especial e muito solidária da sua vivência, a partir dos anos 30 e até final do Século XX, ali reconstituída”.

Muito da experiência do autor no âmbito da Comunicação Social assenta na inventariação de carências locais e regionais e na observação da forma como se desenvolvem as relações humanas, no concreto de comunidades urbanas como Tavira, que fielmente retrata por directo conhecimento.

 

1.2. “Um Olhar no tempo”, do Dr. David Sequeira

 

No princípio de Fevereiro foi a vez do Dr. David Sequeira fazer o lançamento público do seu livro “Um olhar no tempo”, sessão que foi igualmente presidida pelo Presidente do Município, acompanhado na Mesa, além do autor, pelo Dr. Jorge Correia e pelo jornalista Luís de Melo e Horta, a cargo de que esteve a apresentação da obra.

Segundo o prefácio do Bispo Emérito do Algarve, Dom Manuel Madureira Dias, “Não se pode querer encontrar aqui, nem a biografia de quem escreve, nem o relato minucioso de uma vida de pastor da Igreja na plenitude das suas actividades sacerdotais. Mas muito nos é dito da sua vida de “estudante e professor”e das muitas actividades culturais, desportivas e musicais.

Parece ser intenção do seu autor, deixar uma “memória” de muita coisa acontecida para que tal memória “não se venha a perder”. Trata-se de um testemunho. E é, como tal, que deve ser lido e entendido”

O autor constituiu-se, ao longo destes últimos quarenta anos e para além das suas atribuições pastorais, como uma presença interessada e constante na vida social e cultural da cidade de Tavira.

É o que, entre os relatos da sua própria formação, dos caminhos que percorreu e das funções pedagógicas que exerceu, ficou autenticado por este seu “Um olhar no tempo”.

 

2 – “Aristides de Sousa Mendes: uma memória resistente”, palestra pelo Dr. António Sousa Mendes

 

Por iniciativa da Associação Internacional de Paremiologia (AIP) que tem sede nesta cidade e é presidida pelo tavirense, Prof. Doutor Rui Soares, teve lugar a 12 de Fevereiro uma sessão cultural cujo programa envolveu uma exposição em BD sobre a vida e obra de Aristides de Sousa Mendes e uma palestra que recordou aos presentes a memória resistente do Cônsul Português em Bordéus, ao tempo de II Guerra Mundial. A palestra esteve ao cuidado de seu neto, o Dr. António Moncada de Sousa Mendes, professor na Universidade Lusófona e dirigente da Fundação que tem o nome de seu avô.

O orador veio lembrar a figura de Aristides S. Mendes, e a sua acção em que, em território francês, salvou milhares de judeus perseguidos pelo regime nazi, concedendo-lhes o “visto” para entrada em Portugal com que conseguiram escapar aos campos de concentração e às câmaras de gás de Hitler. O diplomata sabia que, ao confrontar as ordens directas de Salazar, arriscava a sua carreira e a sua vida e dos seus familiares.

O Dr. António Mendes fez um relato circunstanciado e apaixonante do que foi a vida de seu avô a partir da decisão que tomou em ajudar tantos milhares de seres humanos e da ignomínia por que passou, ao ser posteriormente demitido das suas funções.

Sem meios de sobrevivência para a grande família que constituíra, e tendo falecido catorze anos depois, em 1954, Sousa Mendes foi uma figura que o Regime de 1926 a 1974 remeteu ao esquecimento.

O Vice-Presidente da Câmara, Arquitecto Luís Nunes havia aberto a sessão, encerrada pelo Presidente da AIP que, depois dos agradecimentos ao orador, ofertou a todos os presentes um marcador de livros, com referências à figura homenageada e contendo um abecedário de provérbios alusivos aos Direitos Humanos.

_______________________

 

Em qualquer das três sessões aqui referidas, o auditório da Biblioteca Municipal de Tavira esteve sempre literalmente cheio.

 

(*)http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://commondatastorage.googleapis.com/static.panoramio.com/photos/original/10014275.jpg&imgrefurl=http://digitalmanuscripts.wordpress.com/2010/10/page/2/&usg=__LzB1xOcvxOhKuzQ5AkUlsjCXoZQ=&h=1264&w=1685&sz=331&hl=pt-pt&start=0&sig2=F4GBz6whng8kDD55QdGuww&zoom=1&tbnid=PjGHXBqIBY2naM:&tbnh=121&tbnw=155&ei=QExaTfLhJs7oOfmLia8L&prev=/images%3Fq%3DBiblioteca%252BMunicipal%252Bde%252BTavira%26um%3D1%26hl%3Dpt-pt%26sa%3DN%26biw%3D1007%26bih%3D681%26tbs%3Disch:10%2C306&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=722&vpy=192&dur=1513&hovh=194&hovw=259&tx=204&ty=87&oei=QExaTfLhJs7oOfmLia8L&page=1&ndsp=20&ved=1t:429,r:19,s:0&biw=1007&bih=681

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 09:41
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Fevereiro 14 2011

 GHLyauteyHubert

“Em todas as partes do mundo por onde andei, ao ver uma ponte perguntei quem a tinha feito, respondiam «os portugueses»; ao ver uma estrada fazia a mesma perguntava e respondiam: «portugueses»; ao ver uma igreja ou uma fortaleza, sempre a mesma resposta, «portugueses, portugueses, portugueses». Desejava pois, que da acção francesa em Marrocos daqui a séculos seja possível dizer o mesmo” Marechal Lyautey

 

Louis Hubert Gonzalve Lyautey (17 de Novembro de 1854, Nancy - 27 de Julho de 1934, Thorey): militar francês com serviço prestado durante as guerras coloniais; Residente Geral no Protectorado francês de Marrocos em 1912, Ministro da Guerra durante a Primeira Guerra Mundial e em 1921 Marechal de França; Membro da Academia Francesa e presidente honorário dos Escuteiros de França.

 

BIBLIOGRAFIA:

 

Wikipédia

 

In http://lusosucessos.blogspot.com/

In http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 08:37
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