Elos Clube de Tavira

Outubro 31 2010

Uma língua é o lugar donde se vê o mundo e em que se traçam os limites do nosso pensar e sentir. Da minha língua vê-se o mar. Da minha língua ouve-se o seu rumor, como da de outros se ouvirá o da floresta ou o silêncio do deserto. Por isso, a voz do mar foi a da nossa inquietação.

 

 Virgílio Ferreira (1916 - 1996)

  

(Melo, 28 de Janeiro de 1916 — Lisboa, 1 de Março de 1996) foi um escritor português.

Embora formado como professor (veja-se a referência aos professores de Manhã Submersa e Aparição), foi como escritor que mais se distinguiu. O seu nome continua actualmente associado à literatura através da atribuição do Prémio Vergílio Ferreira. Em 1992, foi galardoado com o Prémio Camões.

A sua vasta obra, geralmente dividida em ficção (romance, conto), ensaio e diário, costuma ser agrupada em dois períodos literários: o Neo-realismo e o Existencialismo. Considera-se que Mudança é a obra que marca a transição entre os dois períodos.

 

in Wikipédia

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 20:53
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Outubro 30 2010

 

 

Eu também tenho raízes nessa terra, e por isso estou à vontade para comentar.

 

Portugal está à beira da bancarrota, como esteve diversas vezes durante a sua história.

 

No antigamente os reis, quando o caixa estava a zero, pediam dinheiro emprestado aos negociantes judeus, e... não pagavam! Em 1580 a “nobreza” que sobrara de Alcácer Quibir, vendeu-se barato a Filipe II – o nosso “I” – e assim a coroa de Castela se sobrepôs às Quinas, e ajudou o país a ficar mais pobre.

 

Com o final anárquico da monarquia e ainda com mais profunda anarquia depois da República, Portugal chega a 1926 falido, e a única alternativa parecia ser pedir mais dinheiro à Sociedade das Nações que para isso exigia colocar nas nossas alfândegas fiscais seus para se irem pagando do empréstimo. É evidente que isto era uma afronta à “nossa” soberania, e foi rejeitado.

 

Surge um novo Ministro das Finanças que em 1926; vendo a bandalheira que reinava no governo, simplesmente abandonou o Ministério e voltou para a sua cátedra em Coimbra. Sem solução, os militares exigiram do Presidente da República o retorno do “professor de Coimbra” que parecia o único capacitado a arrumar a casa.Três meses depois a inflação estava debelada, e os agiotas da tal Sociedade das Nações voltaram, mas desta vez de chapéu na mão, a oferecer crédito a Portugal.

 

- Muito obrigado, não precisamos!

 

Passam-se sessenta anos e para a unificação da Europa, Portugal, mais uma vez pobre e sem planos de futuro, começa a receber as esmolas da União Européia. Cavaco Silva faz a festa. Até parecia um bom governante. O dinheiro sobrava, e ele dizia na televisão, convencido, arrogante, em palavras que traduzidas para a linguagem comum, queriam dizer “aqui o único bom sou eu”!

 

A ele sucederam-se uma série de politiqueiros, sempre a oposição qualquer que seja a impedir os projetos, melhores ou menos bom do governo, e novamente Portugal começa a “meter” água e afundar!

 

Ultimamente, em vez de discutir rigor administrativo, redução de despesas, despedimento de apaniguados e outros ladrões, faz a pomposa EXPO, “estuda” um aeroporto monumental para concorrer com os melhores da Europa, prossegue os estudos de um TGV para as pessoas demorarem menos uns minutos para irem de Lisboa ao Porto, assiste impávido ao fechamento de industrias, aparece sempre sorrindo no comícios, e a “barca portuguesa” a afundar.

 

Agora a perspectiva é cair em cima dos aposentados, roubar-lhes dois salários anuais, o que é uma violência para quem não foi administrador da Caixa Geral de Depósitos, da EDP, da PT, ou de outras mamatas, e levar o país à revolta, se não armada, que isso parece que já não existe na Europa, mas à paralisação com greves e outras manifestações. E a maior pobreza.

 

No último texto (http://www.fgamorim.blogspot.com/) referi que só é político quem não sabe fazer mais nada. Mas há muito boa gente em Portugal que sabe administrar, e como bom português tem a obrigação de ajudar o governo, aliás o Estado, que é o mesmo do que se ajudar a si próprio. Como?

 

É simples. Chamar para conselheiros os empresários mais bem sucedidos no país, e deixar os políticos assinando compra de vassouras, e os professores universitários a ensinar teoria aos alunos.

 

Nem precisa pagar aos empresários. Eles têm dinheiro para se deslocar a Lisboa com regularidade e indicar ao primeiro ministro e – quase todos – ineptos ministros, como se sai duma crise, como se progride, etc.

 

Inflou-se a máquina administrativa até estourar. Pois que se desinfle! Há funcionários em excesso, que entretanto adquiriram direitos constitucionais... pois que se altere a constituição. Saíram penduras de lugares altamente remunerados e continuam a receber aposentadorias milionárias... pois que se reduza o que recebem!

 

Portugal não está a viver a véspera da bancarrota? Declare-se o estado de sítio, quase de guerra, que parece pode vir a ter, como na Grécia, e arrume-se a casa.

 

Atropelem-se os amigos, despeçam-se os penduras, enfim, faça-se aquilo que qualquer bom gestor faria. E se por fim sobrar algum dinheiro, que se invista em educação, tecnologia, investigação, porque a cortiça, algumas peras e cinco mil marcas de vinho, não vão sustentar o país. Sobra o turismo cada vez mais concorrenciado pelos países do Norte de África, Cabo Verde, etc.

 

Porque só fazer discursos empolgados e esperar que a Senhora de Fátima resolva o assunto... não resolve.

 

Rio de Janeiro, 3 de Maio de 2010

 

 

 Francisco Gomes de Amorim

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 19:54
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Outubro 29 2010

 

ANTÓNIO PINHO VARGAS

 

 

http://www.youtube.com/watch?v=_bNf4cmGSkw&feature=PlayList&p=9529CA4B70A9E580&index=8

 

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 14:00

Outubro 28 2010

 

 

Tenho um amigo incondicional que se chama “Caramelo”. É um rafeirote baixinho, branco com malhas amareladas e com uma cara que delicia todas as Senhoras. Aos Sábados, pela manhã, vou passeá-lo para que varie dos cheiros do jardim cá de casa que ele já nem deve sentir. Um dos passeios de que o “Caramelo” mais gosta é ao “Jardim Guerra Junqueiro”, mais conhecido por Jardim da Estrela, ali bem à frente da basílica a que se segue uma ida à praia de Algés, mesmo ao lado da Torre de Belém; o programa acaba com uma passeata à trela ao longo do cais a que esteve durante anos atracada a restaurada fragata “D. Fernando”.

 

 (*)

Coreto do Jardim da Estrela

 

Eis como num ápice se passeia um cão frente às maiores glórias nacionais na poesia, na arquitectura e na tecnologia; mordomias exclusivas de quem tem casa em Lisboa. Não lhas explico porque ainda não dialogo com cães mas recordo sempre as condições históricas que criaram a iconoclastia do poeta republicano, a basílica da real gravidez, a epopeia dos descobrimentos e a língua portuguesa em Damão. Recordo essas realidades históricas sem rancores nem nostalgias, apenas procurando descortinar-lhes os fundamentos, já que hoje não somos nem mais nem menos inteligentes do que os de antigamente; apenas mudou o racionalismo. E hoje pensamos com tristeza na perda sucessiva de gerações de tão boa gente humilhada à grandeza falaciosa do despotismo, desses todos que nos governaram julgando que eram nossos donos em vez de nossos chefes. Olhando para trás, vemos como foram vãos os que quiseram mudar o país erigindo palácios na Serra de Sintra ou construindo naus em Damão com teca preciosa em vez de ensinarem os portugueses a ler e de cuidarem da nossa língua nos sertões africanos, na Costa do Malabar ou na foz do Rio das Pérolas. E quando lemos a revolta do poeta, não deixamos de pensar com tristeza na frustração que terá sido escrever num mar de analfabetos.

 

 (**)

Basílica da Estrela

 

Mas tudo mudou entretanto e finalmente o iluminismo chegou. Hoje, não temos amos que nos obriguem a erigir castelos para os seus prazeres privados, que mandem construir naus imponentes para exibição nas cortes europeias ou que nos imponham limites inquisitoriais à imaginação. Hoje, já somos donos de nós mesmos, não temos que exibir aquilo que não somos e eis que estamos na alta tecnologia automóvel, na aeronáutica, na arquitectura, na informática, no “design” e na literatura. Já lá vai a sociedade conformada com o destino que os poderes supremos lhe haviam determinado e hoje temos um português a presidir à União Europeia, a lusofonia já contando com quatro prémios Nobel e Portugal a passar por uma verdadeira catarse que em pouco tempo o fará ultrapassar as velhas razões do subdesenvolvimento.

 

 (***)

 Fragata «D. Fernando e Glória»

 

Os nossos governantes deixaram de ser Imperadores e nós passámos a fazer o que a razão nos aconselha convivendo com todos os povos em perfeita igualdade; já ninguém nos obriga a construir grandes e espaventosas naus e, afinal, até somos campeões a construir canoas. 

 

Henrique Salles da Fonseca

  (****)

Canoagem olímpica

 

NOTA EXPLICATIVA: Nas provas de canoagem dos recentes Jogos Olímpicos, as canoas de quase todas as equipas eram de concepção a fabrico português

 

(*) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.meloteca.com/imagens/coretos/coreto-lisboa-estrela.jpg&imgrefurl=http://www.meloteca.com/coretos-lisboa-estrela.htm&usg=__WNaBO03Tudov39sCy5IZlmV9ws0=&h=400&w=600&sz=102&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=fpmwdVd-xnNe4M:&tbnh=128&tbnw=169&prev=/images%3Fq%3DJardim%252Bda%252BEstrela%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26rlz%3D1T4SUNA_enPT292PT293%26biw%3D1020%26bih%3D535%26tbs%3Disch:10%2C115&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=466&vpy=220&dur=3625&hovh=183&hovw=275&tx=159&ty=119&ei=LorJTICzE8mI4gadu9WUAQ&oei=LorJTICzE8mI4gadu9WUAQ&esq=1&page=1&ndsp=15&ved=1t:429,r:12,s:0&biw=1020&bih=535

 

(**) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://images.travelpod.com/users/bloomie/1.1283832521.estrela-basilica-bas-lica-da-estrela.jpg&imgrefurl=http://www.travelpod.com/s/estrela%2Bdo%2Bvau%2Bapartments&usg=__SIM1Xo-4i7cet1CdH3M3kV_V4b4=&h=413&w=550&sz=121&hl=pt-br&start=122&zoom=1&tbnid=08x9PUWIn0d1PM:&tbnh=115&tbnw=172&prev=/images%3Fq%3DBas%25C3%25ADlica%252Bda%252BEstrela%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DG%26rlz%3D1T4SUNA_enPT292PT293%26biw%3D1020%26bih%3D535%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=911&ei=rozJTJPxIMG88gb88vy4AQ&oei=-4vJTI3_Ec3N4gaAsumkAQ&esq=4&page=8&ndsp=16&ved=1t:429,r:2,s:122&tx=86&ty=81

 

(***)http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://ante-et-post.weblog.com.pt/Fragata%2520D%2520Fernando%2520II%2520e%2520Gl%25F3ria.jpg&imgrefurl=http://ante-et-post.weblog.com.pt/2007/05/cutty_sark_nem_tudo_esta_perdi_1&usg=__sS6m2wFx6GPM9GcK5WQSNrsb7pk=&h=450&w=600&sz=135&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=hK_fAq5DsqpGRM:&tbnh=139&tbnw=203&prev=/images%3Fq%3DFragata%252BD.%252BFernando%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DG%26rlz%3D1T4SUNA_enPT292PT293%26biw%3D1020%26bih%3D535%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=551&ei=yI3JTOKiApeg4QbM_KWIAQ&oei=yI3JTOKiApeg4QbM_KWIAQ&esq=1&page=1&ndsp=15&ved=1t:429,r:0,s:0&tx=114&ty=92

 

(****) http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.baixaki.com.br/imagens/wpapers/BXK24776_2004_8_23_11_55_43_canoa_wa_23.08_2686800.jpg&imgrefurl=http://www.baixaki.com.br/papel-de-parede/9939-canoagem-equipe-olimpica-do-brasil-.htm&usg=__8Gcetjr8BDXogCHBUTdzMAe3xlg=&h=655&w=1024&sz=154&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=-2Na5bo_gsuYcM:&tbnh=92&tbnw=144&prev=/images%3Fq%3Dcanoagem%252Bol%25C3%25ADmpica%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DG%26rlz%3D1T4SUNA_enPT292PT293%26biw%3D1003%26bih%3D496%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=98&vpy=70&dur=481&hovh=179&hovw=281&tx=143&ty=108&ei=oY7JTNriG5C44gawpZ2SAg&oei=oY7JTNriG5C44gawpZ2SAg&esq=1&page=1&ndsp=18&ved=1t:429,r:0,s:0

 

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 15:29
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Outubro 27 2010

Justiça na vida e na condução do Estado só é possível se primeiro reside na alma e coração dos cidadãos

 

Platão

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 18:57
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Outubro 26 2010

 

 

João Lúcio

 

Sensações desconhecidas

 

Há tanta sensação que não conheço,

tanto vibrar de nervos que não sinto;

e, contudo, parece que os pressinto,

apesar de ver quer os desconheço

 

A sensação que tem, à noite, o ar,

Quando o orvalho o toca, aos beijos de água

é, porventura, irmã daquela mágoa

que sente, quando chora, o meu olhar?!

 

Tem, porventura, alguma semelhança

a sensação de um cravo numa trança

com a ânsia de quem morre afogado?

 

E fico-me a pensar: que sentirá

uma vidraça quando a luz do sol lhe dá

e a rasga a mão da luz, de lado a lado?...

 

___________________________________

 

João Lúcio Pousão Pereira, (Olhão, 4.Julho.18810; 26.Outubro.1918) vulgarmente relegado para a categoria de poeta local, mas especialmente devido à sua obra O Meu Algarve, esteve, porém, à altura dos grandes nomes da Renascença Portuguesa, embora o seu voluntário afastamento dos grandes centros culturais do país tenha contribuído para tais definições limitadoras.

 

Começou com apenas 12 anos a publicar os seus primeiros versos (no extinto periódico O Olhanense). Enquanto estudante no Liceu de Faro, fundou e dirigiu um jornal literário intitulado O Echo da Academia. Foi depois para Coimbra estudar Direito, onde conhecerá e se tornará amigo de figuras brilhantes como Teixeira de Pascoaes, Augusto de Castro, Alfredo Pimenta, Afonso Lopes Vieira, Fausto Guedes Teixeira e Augusto Gil. João Lúcio colabora com poesias suas em diversos jornais e revistas literárias nacionais (fundando inclusive, em 1899, um quinzenário intitulado O Reyno do Algarve), até conseguir, em 1901, publicar o seu primeiro livro, Descendo, aclamado com louvor pela crítica da época.

 

Regressando a Olhão em 1902, João Lúcio torna-se um advogado famoso, dados os seus dotes argumentativos e orais. As salas de tribunais enchiam, e ainda hoje, é considerado como um dos mais distinguidos advogados algarvios de sempre.

 

É então que o poeta, monárquico, se torna editor literário do semanário farense O Sul, jornal ligado ao Partido Regenerador Liberal de João Franco, em cujas listas concorre e ganha um lugar, em 1906, para a Câmara dos Deputados, e foi, embora num curto período, Presidente da comissão administrativa da Câmara Municipal de Olhão. Entretanto, em 1905, publicara O Meu Algarve, obra que acaba por imortalizar João Lúcio como um dos maiores vultos da poesia algarvia.

 

Com a instauração da República, o poeta abandona a política e decide viajar com a sua família pela Europa, tendo publicado, em 1913, Na Asa do Sonho. Provavelmente inspirado pelas suas viagens, João Lúcio projecta então um chalé completamente original, no isolamento dos Pinheiros de Marim, nos arredores de Olhão, para onde pensava retirar-se depois de abandonar a advocacia, a fim de buscar a inspiração para a sua poesia.

 

O isolamento espiritual numa Torre de Marfim seria a finalidade do poeta, que teria mandado construir o chalé entre 1914 e 1916. Actualmente, o chalé serve de instalações à Ecoteca de Olhão, conservando alguns objectos pessoais do poeta e documentação variada.

 

 Em 1914, o poeta aceitava o convite de Teixeira de Pascoaes, para se associar à Renascença Portuguesa, tendo publicado um único poema na revista A Águia.

 

Em Agosto de 1918, João Lúcio decide ir habitar o chalé com a sua família, apesar de este se encontrar ainda inacabado. É aí mesmo que vem a contrair o fatídico vírus da pneumónica que assolou a região, e que lhe acabaria por ceifar a vida com apenas 38 anos de idade.

 

Postumamente, em 1921, foi publicado o livro de poemas Espalhando Fantasmas.

 

Luís de Melo e Horta

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 20:08

Outubro 25 2010

 

 

A UCCLA é um diamante em bruto”, afirma Miguel Anacoreta Correia

25 de Outubro de 2010

 

Miguel Anacoreta é o presidente de um diamante em bruto chamado União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa. A UCCLA, sigla que encerra toda essa designação, tem como missão manter viva a língua portuguesa mas não só.

 

É logo ali na rua abaixo depois do Largo do Rato, em Lisboa, que no edifício da UCCLA, o Presidente Miguel Anacoreta Correia apresenta o seu “diamante em bruto”. Na entrada, um mapa mundo em tons de azul dá as boas-vindas a quem chega até esta casa; na parede estão marcadas através de fotografias, todas as cidades pertencentes à União das Cidades Capitais da Língua Portuguesa, de Timor-Leste a Brasília.

 

Para muitos, esta é uma união mais ou menos desconhecida. Contudo, as cidades que fazem parte da UCCLA e que beneficiam da sua acção reconhecem-na bastante. Na prática esta instituição tem uma forte componente social e cultural, nas palavras de Miguel Correia, " Nós montamos os projectos, isto tem uma montagem que é complexa e é preciso desenvolver o diálogo com a União Europeia, com o IPAD e com as cidades (…) os nossos apoios vão no sentido dos Objectivos do Milénio”

 

Actualmente a presidência da UCCLA está ao cargo de Salvador da Baia, embora no próximo ano, em Maio, aquando da Assembleia Geral, haja a possibilidade de passar para Angola.

 

Quanto à gestão do critério para entrar na UCCLA, Miguel Anacoreta Correia enfatiza a valor que as cidades têm nos dias de hoje: “Nós temos que explicar ao grande público que as cidades são muito importantes para os países, são o elemento mais importante de competitividade e que grande parte dos problemas passa por esses motores de desenvolvimento.”. Em última instância põe-se o problema quanto ao tipo de análise que deverá ser feita: “Se devemos limitar o numero para pudermos dar uma assistência pessoal aos problemas de cada cidade ou se pelo contrário, devemos ter uma estrutura mais ou menos aberta?”

 

A UCCLA é um diamante em bruto

 

Depois de ter tido um percurso profissional direccionado para outro lado, Miguel Anacoreta Correia afirma estar realmente satisfeito com o cargo que agora ocupa. Desde a criação da UCCLA a 28 de Junho de 1985 durante o mandato de Nuno Krus Abecassis – onde fizeram desde logo parte Lisboa, enquanto fundadora, Bissau, Luanda, Macau, Maputo, Praia, Rio de Janeiro e São Tomé/Água Grande.

 

Inicialmente tinha um relacionamento institucional com as cidades, neste momento a sua acção é bastante mais alargada, especialmente aos campos culturais e sociais.

 

A UCCLA engloba hoje 29 cidades e algumas dezenas de empresas, mas o seu actual universo de 30 milhões de pessoas poderá em breve ser alargado perante a perspectiva de novas e importantes adesões, já em adiantada preparação.

 

Quem é Miguel Anacoreta Correia?

 

Antes de mais é um português nascido a 1 de Janeiro de 1944. O seu percurso académico passou pela Engenharia Civil, tendo-se especializado no sector dos Transportes. Fez parte do Governo de Sá Carneiro ao ser deputado e Secretário de Estado dos Transportes no VI Governo Constitucional e foi Secretário de Estado da Defesa Nacional no VII Governo Constitucional. A nível partidário, foi Vice-presidente do CDS. Além disso, Miguel Correia foi Alto Funcionário da União Europeia, no quadro das relações com os países ACP (África, Caraíbas e Pacífico) e Director para a América Latina.

 

Nos dias que correm é Conselheiro de Estado por designação do Presidente da Repúblics, Prof. Dr. Aníbal Cavaco Silva e consultor na área de Transportes. Em Março de 2009 assumiu o cargo de Secretário Geral da UCCLA.

 

25ª Aniversário da UCCLA

 

Para comemorar o 25ª aniversário da UCCLA vai decorrer no Teatro Tivoli, em Lisboa um espectáculo “A viagem do fado”. Ao palco do Tivoli vão subir: grupo Alma de Coimbra, António Zambujo, Bernardo Sassetti, Carlos do Carmo, Edu Miranda, Jon Luz, Lura, Luanda Cozetti, Pedro Jóia, Rão Kyao, o Quarteto Dzvin+Juan e Graciana, Raquel Tavares, Sónia Shirsata e Toy Vieira, que serão acompanhados pelos músicos Ricardo Cruz, Carlos Manuel Proença, Carlos Martins e José Manuel Neto.

 

@Eliana Silva

http://noticias.sapo.mz/info/artigo/1101237.html

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 15:41
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Outubro 24 2010

 (*)

 

http://www.youtube.com/watch?v=OpExb2hCYTs

 

 

 

(*)

 http://www.google.pt/imgres?imgurl=http://www.updownportugal.com/po/images/stories/bappy/Music/mariza.jpg&imgrefurl=http://www.updownportugal.com/po/Music/Mariza-Voz-de-Portugal-tem-novo-CD-Tour.htm&usg=__vNPBIUgqyoCGPwDriwxw0bh-7pE=&h=452&w=300&sz=20&hl=pt-br&start=0&zoom=1&tbnid=8qiJbhLSfJAUhM:&tbnh=173&tbnw=115&prev=/images%3Fq%3DMariza%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26sa%3DN%26rlz%3D1T4SUNA_enPT292PT293%26biw%3D1003%26bih%3D496%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=211&ei=MjTETI3nLoqUOrrM-MsL&oei=MjTETI3nLoqUOrrM-MsL&esq=1&page=1&ndsp=11&ved=1t:429,r:1,s:0&tx=80&ty=95

 

 

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 14:19

Outubro 23 2010

 

 

Manu, o primeiro legislador da Índia, compilou as suas leis em doze livros:

 

1º - Da criação do Mundo;

2º - Dos sacramentos e do noviciado;

3º - Do casamento e deveres do chefe de família;

4º - Dos meios de subsistência e preceitos;

5º - Das regras de abstinência e purificação das mulheres;

6º - Dos deveres do joguy (anacoreta e devoto ascético);

7º - Do comportamento dos reis e da classe militar;

8º e 9º - Do ofício dos juízes, deveres da classe comercial e servil, leis civis e criminais;

10º - Das castas mestiças;

11º - Das penitências e expiações;

12º - Da transmigração das almas e beatitude final.

 

Os 8º e 9º foram traduzidos para português por José de Vasconcellos Guedes de Carvalho, bacharel em Direito formado pela Universidade de Coimbra e futuro Visconde de Riba Tâmega, tradução esta que foi publicada em Panjim no ano de 1859. Teve esta tradução como objectivo a aplicação transitória do respectivo conteúdo nas Novas Conquistas até que a legislação genuinamente portuguesa (já então aplicada nas Velhas Conquistas) ali fosse sendo progressivamente introduzida.

 

Eis o que a páginas 129 e seguintes nos relata A. Lopes Mendes no primeiro volume da sua monumental obra A ÍNDIA PORTUGUEZA – Breve descripção das possessões portuguesas na Ásia:

 

«Para se fazer ideia da pouca ou quase nenhuma consideração dada à mulher nas Novas Conquistas, podem ver-se no respectivo código dos usos e costumes, quando tratamos do casamento gentílico, os artigos seguintes: “Art. 7º As viúvas entre os gentios, sejam púberes, sejam impúberes, não podem casar-se; e quando alguém toma uma viúva para fazer com ela vida de casado (e chama-se então mulher do pano), esta união não tem efeitos de matrimónio, nem os filhos daí nascidos podem ser reputados legítimos para qualquer efeito civil ou religioso”.

 

 

Para saber mais: http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_de_Manu

 

 

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 18:14
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Outubro 22 2010

 

 

http://www.euclidescavaco.com/Poemas_Ilustrados/Alma_Fadista/index.htm

 

 

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 19:10

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