Morreu António Manuel Couto Viana
(Viana do Castelo, 24-01-1923 - Lisboa, 08-06-2010)
Poeta e Português, não esqueceu Olivença, oferecendo-lhe o seu «Cancioneiro de Olivença» (Hugin, Lisboa, 2003):
«OLIVENÇA, A EXILADA»,
O pelourinho, a igreja manuelina,
A porta do palácio Cadaval,
A Torre do Castelo, o escudo em cada quina,
Chamam-se Portugal.
O mais, é um casario
Com dois séculos de Espanha,
Branco e frio,
Em frente ao jorro d'água e à palmeira estranha.
Olivença, a exilada!
A palavra saudade,
A sua língua de hoje esqueceu-a de vez.
Porém, sente-se a nobreza e alma da cidade
Em pedra e em português.
[Olivença, 05-10-2001]
«CLAMOR»
(...)
Ouvi a alma de Olivença
Cativa do silêncio sepulcral:
-Antes que o tempo me convença,
Vem libertar-me sem detença
A minha pátria é Portugal!
[Olivença, 21-08-2002]
O Poeta sabia o que só os poetas podem saber: «antes que o tempo me convença, vem libertar-me sem detença...»
Permanecerá connosco. E estará com os oliventinos, mesmo que não o saibam.
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António Marques
(anterior Presidente do GAO – Grupo dos Amigos de Olivença)