Elos Clube de Tavira

Julho 24 2010

 

 

«VIII CONFERÊNCIA DE CHEFES DE ESTADO E DE GOVERNO DA COMUNIDADE DOS PAÍSES DE LÍNGUA PORTUGUESA

 

Luanda, 23 de Julho de 2010

 

DECLARAÇÃO DE LUANDA

 

1. Os Chefes de Estado e de Governo de Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, o Ministro das Relações Exteriores do Brasil e o Vice Primeiro-Ministro de Timor-Leste, reuniram-se na VIII Conferência de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) em Luanda, no dia 23 de Julho de 2010.

 

(...)

 

6. No âmbito da concertação política e diplomática, realçaram:

i) A necessidade da CPLP consolidar a sua projecção internacional, através do reforço da actuação conjunta, tendo em vista a promoção da mundialização da língua portuguesa e designadamente a sua introdução em Organismos Internacionais, bem como a sua utilização efectiva naqueles Organismos em que o português já é língua oficial ou de trabalho, a fim de se implementar o Plano de Acção de Brasília para a Promoção, a Difusão e a Projecção da Língua Portuguesa, recomendado pela VI Reunião Extraordinária do Conselho de Ministros, realizada no dia 31 de Março passado, em Brasília

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 14:41
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Julho 24 2010

 https://1.bp.blogspot.com/_ouecRM74v-k/SY9NcXUnqMI/AAAAAAAAARw/lUmt8QRM6KE/s1600/Carmen_Miranda-006.jpg

 

 

Cármen Miranda, a Pequena Notável, que Portugal está revendo em grande exposição, em Lisboa, está sendo vítima de trapalhadas americanas.

 

Dela falamos em crónica, anterior: Carmen Miranda no Panteão da Lusofonia (clique) http://www.portaldalusofonia.com.br/carmemmirandapanteao.html

 

Como quase tudo que é brasileiro e português, os herdeiros dos direitos da imagem da célebre cantora e artista, e os seus amigos, não souberam divulgar o nome como merece, mantendo-a viva na alma do povo.

 

Herdeiros?! Artista deveria ser declarado Património Imaterial Nacional. A Nação deveria zelar por seu nome, sua imagem e sua divulgação.

 

Rui Castro escreveu a melhor biografia de Cármen Miranda, que podia ser mais cuidada. Assim mesmo valeu.

 

Agora, um americano quer fazer um filme da artista. Boa ideia?! Talvez, desde que respeite a identidade da personagem. Parece não ser o caso. A figura brasileira de Carmen Miranda, desde o título, está passando, por dançarina Cubana ou Mexicana, que fala espanhol, como diz Rui Castro. Ao menos o roteiro do filme é uma afronta à Lusofonia. O nome previsto do filme é “Maracas” que tem pouco a ver com a artista. Carmen Miranda, como bailarina Cubana ou Mexicana?! Nunca. Nada contra os Cubanos ou contra os Mexicanos. Apenas a cada um o que é seu. Carmen Miranda é nossa. É património da Lusofonia. É uma artista de primeira grandeza. Quem a conhece, sabe.

 

Infelizmente, os americanos não conhecem o Brasil e os Brasileiros. De América Latina só conhecem seus vizinhos mexicanos e cubanos. A Lusofonia não chegou aos EUA. Lastimavelmente. Carmen Miranda precisa ser lembrada, com sua identidade autêntica, falando português...

 

O cineasta pode fazer a artista a seu modo, desde que respeite o modo de ser dela mesma.

 

Que os herdeiros e guardiões do nome de Carmen Miranda e da sua imagem saibam exigir do cineasta americano respeito à história da artista e respeito à Lusofonia. Isto é essencial. Que saibam fazer reviver Carmen Miranda e já terão um grande mérito. Se o americano quer fazer o que os empresários do ramo, no Brasil e em Portugal, não conseguem fazer: Um Grande Filme de Arte sobre Carmen Miranda, que seja bem-vindo o americano. Mas que seja bem assessorado para não falsear a identidade de nossa artista.

 

Carmen Miranda, há muitos anos, deveria estar nas telas, com todo o seu peso, valor e sedução. É uma artista descomunal, para quem souber ver fundo, semioticamente o que ela representa em nosso espírito, em nossa alma e em nossa cultura. Carmen Miranda é uma marca indelével da brasilidade, naquilo que o brasileiro tem de melhor e de eterno, sem as banalidades que lhe atribuem.

 

Há outro projecto, no Brasil, para levar a história de Carmen Miranda às telas. Mas não prossegue. Compromissos devem ter prazos de validade... Que façam quantos filmes quiserem, desde que sejam leais à artista, aos seus valores e à Lusofonia e tenham qualidade digna de se ver.

 

Essa deveria ser a norma.

 

  J. Jorge Peralta

publicado por Henrique Salles da Fonseca às 07:52
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